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Baixo Risco de Cânceres Secundários Após Terapia com Células CAR-T

Foto: Divulgação

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Risco de Cânceres Secundários após Terapia com Células CAR-T é Baixo, Revela Estudo. Um estudo abrangente conduzido por pesquisadores da Stanford Medicine revelou que o risco de desenvolver câncer secundário no sangue após a terapia com células CAR-T, um tratamento inovador para cânceres sanguíneos intratáveis, é baixo, contradizendo um alerta da Food and Drug Administration (FDA). Em novembro de 2023, a FDA emitiu um alerta sobre o possível risco de cânceres secundários, especialmente cânceres sanguíneos, associados à terapia com células CAR-T. Isso veio após crescentes preocupações e relatos de pacientes diagnosticados com cânceres de células T não relacionados ao câncer originalmente tratado.

No entanto, o estudo realizado com mais de 700 pacientes tratados na Stanford Health Care indicou um risco relativamente baixo – cerca de 6,5% nos três anos após a terapia. Apenas um caso fatal de câncer de células T secundário foi identificado, e os pesquisadores sugerem que foi provavelmente devido à imunossupressão causada pela terapia, em vez das próprias células CAR-T. Isso permitiu o crescimento de células cancerígenas preexistentes, não detectadas anteriormente, no paciente. “Queríamos entender este caso raro, então analisamos todos os pacientes tratados com terapia celular CAR-T em Stanford com ampla amplitude e estudamos este único caso de forma extraordinariamente detalhada”, explicou o professor de medicina Ash Alizadeh, MD, PhD.

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Os resultados, a serem publicados em 13 de junho de 2024 no The New England Journal of Medicine, podem ajudar a dissipar algumas preocupações levantadas pelo alerta da FDA e fornecer insights importantes para identificar potenciais riscos de cânceres secundários em receptores de terapia celular CAR-T. O estudo, liderado por Alizadeh e David Miklos, MD, PhD, examinou pacientes tratados entre 2016 e 2024. A incidência de cânceres sanguíneos secundários foi semelhante àqueles que passaram por transplante de células-tronco, com apenas um caso fatal de linfoma de células T identificado após a terapia com células CAR-T. A análise molecular detalhada não encontrou evidências de que as células T modificadas fossem responsáveis pelo segundo câncer do paciente.

No entanto, ambas as células T estavam infectadas com um vírus associado ao desenvolvimento do câncer. Isso sugere que os cânceres secundários podem ser devidos à imunossupressão basal ou aos efeitos secundários do tratamento, e não à inserção errada do gene durante a terapia. Esses resultados são cruciais para entender os riscos e benefícios das terapias CAR-T, que são potencialmente salvadoras de vidas, mas não isentas de riscos. Identificar pacientes com maior risco pode permitir um acompanhamento mais próximo ou rastreamento pré-tratamento para outros cânceres. O estudo destaca a importância de uma avaliação cuidadosa dos riscos associados às terapias contra o câncer, especialmente em um cenário onde novas abordagens como as células CAR-T estão se tornando mais proeminentes.

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