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As emoções mistas são reais? Nova pesquisa diz que sim.
Com a ajuda de um pouco de magia cinematográfica, os pesquisadores revelam a atividade cerebral única das emoções mistas, verificando que elas são mais do que uma invenção da mente. No último filme da Pixar, Divertida Mente 2, sentimentos complexos como inveja e constrangimento se juntam ao elenco de personagens. Nostalgia, no entanto, é apressada a gritar “muito cedo!” quando ela aparece. Se os animadores desejam dar mais atenção à nostalgia em um filme futuro, novos dados de pesquisadores da Faculdade de Letras, Artes e Ciências Dornsife da USC podem guiá-los para determinar como animar esse tipo de “emoção mista”. Quais as novas: Em um estudo recente, os neurocientistas do USC Dornsife descobriram que os cérebros exibem atividade neural distinta ao experimentar emoções como doçura amarga.
O avanço pode ajudar a resolver um debate científico de longa data: se “emoções mistas” surgem de uma atividade única no cérebro, ou se estamos apenas alternando entre sentimentos positivos e negativos. Por que isso importa: Emoções mistas são uma experiência comum, mas têm sido pouco estudadas cientificamente por várias razões. Muitas vezes, acredita-se que as emoções existam apenas em um espectro que vai do negativo ao positivo. É mais fácil estudar um sentimento de cada vez. “É difícil evocar essas emoções complexas de forma realista dentro do laboratório”, diz Jonas Kaplan, professor associado (pesquisa) de psicologia e coautor do estudo, publicado na revista Cerebral Cortex em abril.
Principais conclusões:
Sentimentos mistos provocaram atividade neural única nas áreas da amígdala e núcleo accumbens do cérebro. Essa atividade era diferente da atividade cerebral observada quando um sujeito relatava uma emoção puramente positiva ou negativa. O que mais? Os pesquisadores podiam prever quando alguém mudaria as emoções. Regiões específicas do cérebro, como o córtex insular, apresentaram mudanças significativas à medida que os indivíduos relataram uma transição emocional. “Não apenas encontramos atividade cerebral que estava correlacionada com emoções mistas, mas descobrimos que ela se manteve estável ao longo do tempo”, diz Anthony Vaccaro, principal autor do estudo e pesquisador de pós-doutorado no Laboratório de Neuroendocrinologia de Laços Sociais da USC Dornsife. Vaccaro concluiu recentemente seu doutorado em psicologia na USC Dornsife.
“Você não está pingue-pongue entre negativo e positivo. É uma emoção muito única, mista, durante um longo período.” Os gráficos mostram atividade cerebral consistente durante emoções positivas, negativas e mistas, demonstrando que as emoções mistas são distintas de outros sentimentos. Como eles fizeram isso: Enquanto os participantes do estudo assistiam a um comovente curta-metragem de animação, os pesquisadores monitoraram sua atividade cerebral usando uma máquina de ressonância magnética (MRI). Os pesquisadores escolheram One Small Step da TAIKO Studios por sua capacidade de evocar sentimentos felizes e tristes simultâneos. · Após a primeira visualização, os participantes reassistiram ao vídeo sem ressonância magnética e indicaram quando experimentaram emoções positivas, negativas ou mistas.
Os pesquisadores então compararam esses relatórios com os resultados de imagem de ressonância magnética. Oportunidade: O estudo estabelece bases práticas para futuras pesquisas científicas sobre esse fenômeno pouco estudado, pesquisa que Kaplan diz que também seria benéfica para a compreensão da psicologia humana. “Há uma certa sofisticação que é necessária para sentar com uma emoção mista e se permitir sentir positivo e negativo ao mesmo tempo. Olhar mais para isso, explorar os benefícios de ser capaz de aceitar o positivo e a negatividade ao mesmo tempo dentro de si mesmo, é algo que achamos que vale a pena estudar”, diz ele. O que vem por aí: Kaplan e Vaccaro analisarão em seguida como as reações emocionais flutuam em ambientes de grupo, como assistir a um filme juntos em um cinema.