Ciência e Tecnologia

Terapia Genética Inovadora Promete Restaurar Movimento em Lesões Medulares

Foto: Divulgação

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Uma terapia genética direcionada, desenvolvida em colaboração com o professor Bernard Schneider, foi um dos primeiros resultados práticos dessa pesquisa. Pesquisadores da EPFL-Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne– alcançaram um marco revolucionário na investigação de lesões na medula espinhal com o projeto “Tabulae Paralytica”. Utilizando tecnologias de ponta em mapeamento celular e inteligência artificial, a equipe liderada por Grégoire Courtine publicou um estudo na Nature que oferece uma visão sem precedentes da dinâmica molecular e celular da paralisia decorrente de tais lesões. A complexidade da medula espinhal humana, um sistema biológico de células diversas que coordenam funções neurológicas essenciais, tem sido um desafio histórico para os tratamentos de paralisia.

Métodos convencionais de imagem e mapeamento forneciam uma visão geral, porém limitada, dos processos celulares envolvidos. Isso dificultava o desenvolvimento de terapias direcionadas, que precisam adaptar-se precisamente às dinâmicas celulares específicas. O “Tabulae Paralytica” superou essas limitações ao criar os primeiros atlas celulares detalhados de lesões medulares em camundongos. Esta conquista foi possível graças ao sequenciamento de células individuais, que analisa o perfil genético de milhões de células, e à transcriptômica espacial, que mapeia onde ocorrem essas atividades celulares dentro da medula espinhal.

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Os resultados revelaram descobertas surpreendentes, como a identificação de astrócitos – células de suporte anteriormente consideradas prejudiciais ao reparo neural – desempenhando um papel protetor crucial em lesões medulares. Além disso, identificou-se um subconjunto específico de neurônios, conhecidos como neurônios Vsx2, fundamentais na reorganização dos circuitos neurais para facilitar a recuperação. Essa nova compreensão não apenas desafia conceitos estabelecidos, mas também abre portas para tratamentos inovadores.  A terapia visa restaurar a capacidade dos astrócitos de responder a lesões, oferecendo uma promissora abordagem para o reparo neural.

Para interpretar os vastos conjuntos de dados gerados, os pesquisadores desenvolveram novas técnicas de aprendizado de máquina. Essa abordagem computacional permite não apenas mapear respostas genéticas individuais, mas também contextualizá-las temporal e espacialmente dentro da medula espinhal. O impacto dessas descobertas transcende a pesquisa básica, apontando diretamente para avanços potenciais em terapias personalizadas para lesões medulares. Com uma compreensão mais profunda das dinâmicas celulares envolvidas, os cientistas agora estão mais próximos de desenvolver tratamentos eficazes e específicos, oferecendo esperança renovada para aqueles afetados por lesões na medula espinhal.

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