Ciência e Tecnologia

Estudo revela, Ilha de Páscoa não sofreu ecocídio, mas sim adaptação genial

Foto: Divulgação

Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]

### Estudo contesta teoria de ecocídio na Ilha de Páscoa

Pesquisadores afirmam que habitantes desenvolveram métodos engenhosos para sobreviver em ambiente hostil. Um novo estudo desafia a teoria popular de que os habitantes da Ilha de Páscoa (Rapa Nui) cometeram ‘ecocídio’ ao esgotar seus recursos naturais, levando ao colapso de sua civilização. A pesquisa, publicada na revista *Science Advances*, sugere que a população da ilha nunca atingiu níveis insustentáveis e que os habitantes encontraram maneiras inovadoras de se adaptar às limitações ambientais.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

### Adaptação inteligente

Os polinésios que colonizaram a Ilha de Páscoa há cerca de 1.000 anos, após uma longa travessia pelo Pacífico, desenvolveram a técnica dos “jardins de pedra” para cultivar batatas-doces, um alimento essencial em sua dieta. Estes jardins, que cobriam uma área suficiente para sustentar apenas algumas milhares de pessoas, indicam que a população se manteve estável por séculos. O estudo revela que a prática de jardinagem de pedra aumentava a umidade do solo e fornecia nutrientes essenciais, ajudando os habitantes a lidar com as adversidades.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

### Desafio às estimativas anteriores

Estudos anteriores estimavam que a população da ilha poderia ter chegado a até 25.000 pessoas, baseados na quantidade de moais (estátuas de pedra) e na extensão dos jardins de pedra. No entanto, a nova pesquisa, que utilizou modelos de aprendizado de máquina e imagens de satélite de alta precisão, indica que os jardins ocupavam menos de meio por cento da ilha, sugerindo uma população máxima de cerca de 3.000 pessoas – número observado na chegada dos europeus em 1722.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

### Estilo de vida laborioso

A técnica de jardinagem de pedra, também usada por povos indígenas na Nova Zelândia e no sudoeste dos EUA, era trabalhosa, mas eficiente. Carl Lipo, coautor do estudo e arqueólogo da Universidade de Binghamton, destaca que evidências de datação por radiocarbono de artefatos e restos humanos não suportam a ideia de uma população massiva. Ele ressalta que a vida dos habitantes era incrivelmente laboriosa, com muitas horas dedicadas a quebrar pedras para melhorar a qualidade do solo.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

### População e sustentabilidade

Hoje, a Ilha de Páscoa abriga quase 8.000 residentes e recebe cerca de 100.000 turistas por ano. Embora a maioria dos alimentos seja importada, alguns moradores ainda cultivam batatas-doces nos antigos jardins, especialmente durante o período de restrições de importação da pandemia de Covid-19. No entanto, práticas agrícolas modernas, como o uso de fertilizantes artificiais, não são sustentáveis a longo prazo devido à fina camada de solo da ilha.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

### Reflexão sobre a adaptação humana

Seth Quintus, antropólogo da Universidade do Havaí, elogia o estudo como uma oportunidade para melhor documentar as estratégias de adaptação dos habitantes da Ilha de Páscoa. Ele destaca que a sobrevivência em um ambiente tão árido e isolado demonstra a capacidade humana de enfrentar desafios extremos.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

### Autores do estudo

O estudo foi conduzido por Dylan Davis, da Columbia Climate School, e contou com a colaboração de Robert DiNapoli, da Universidade de Binghamton; Gina Pakarati, pesquisadora independente em Rapa Nui; e Terry Hunt, da Universidade do Arizona. Esta pesquisa proporciona uma nova perspectiva sobre a história da Ilha de Páscoa, mostrando a resiliência e engenhosidade de seus habitantes ao invés de um colapso devido ao esgotamento de recursos naturais.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile