Ciência e Tecnologia

Conflito entre Leopardos e Hienas na África Aumenta com Presença Humana, Revela Estudo

Foto: Divulgação

A presença de humanos tem um impacto crucial nessa dinâmica de competição entre os grandes predadores da região: o leopardo malhado (Panthera pardus) e a hiena malhada (Crocuta crocuta). Um estudo recente realizado pela Universidade de Copenhague revela que. Quem domina as vastas terras da África Oriental: o majestoso leopardo solitário ou as notórias hienas de risada estridente?  Os pesquisadores, liderados por Rasmus W. Havmøller do Museu de História Natural da Dinamarca, mergulharam nas montanhas Udzungwa, na Tanzânia – uma área natural de 2.000 km² completamente cercada por assentamentos humanos e áreas agrícolas.

Utilizando armadilhas fotográficas, o estudo pioneiro monitorou de perto como a interferência humana desequilibra a competição entre esses predadores icônicos ao longo do tempo e do espaço. Enquanto as hienas parecem prosperar em número, os leopardos enfrentam um declínio significativo em suas populações, uma tendência preocupante não apenas na África, mas globalmente. A aversão local aos leopardos favorece as hienas, que se adaptam facilmente à presença humana e até usam comunidades humanas como escudo contra seus competidores naturais.

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“Os leopardos, evitando humanos a todo custo, se afastam para áreas remotas. Enquanto isso, as hienas se beneficiam da proximidade com as populações humanas, aproveitando a abundância de presas e expandindo seu domínio”, explica Havmøller. Esta vantagem competitiva das hienas nas áreas humanizadas pode ameaçar a sobrevivência dos leopardos, especialmente as fêmeas, que são significativamente menores e mais vulneráveis em confrontos diretos. Além das dimensões físicas, o comportamento dos predadores também é influenciado pela presença humana.

As hienas, noturnas por natureza, ajustam suas estratégias de caça para competir eficazmente com os leopardos, que são predadores solitários e, em muitos casos, diurnos quando pressionados. “A perturbação contínua causada pelo ser humano pode alterar irreversivelmente o equilíbrio natural entre essas espécies competidoras. Isso não só impacta diretamente os predadores, mas também reverbera por todo o ecossistema, potencialmente desencadeando efeitos em cascata que afetam outras populações de animais”.

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A pesquisa destaca a necessidade urgente de estratégias de conservação que considerem os efeitos das atividades humanas nas áreas selvagens. “Devemos implementar expansões e desenvolvimentos com cautela, permitindo que os animais se adaptem às mudanças e monitorando de perto os impactos de nossas ações”, conclui o pesquisador. Portanto, enquanto a batalha entre o predador de ápice e os caçadores de matilha continua nas savanas e florestas da África Oriental, o destino dessas espécies depende crucialmente das decisões que tomamos como custodiantes do meio ambiente compartilhado deste planeta.

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