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**Novo Design de Baterias Promete Revolucionar a Eficiência Energética e Sustentabilidade Ambiental**
As baterias de metal de lítio despontam como a próxima fronteira no armazenamento de energia, oferecendo uma capacidade até duas vezes maior que as baterias de íons de lítio convencionais. Esse avanço promete dobrar a autonomia de veículos elétricos com uma única carga e reduzir a frequência de recargas para smartphones e outros dispositivos móveis.
Contudo, o desafio até agora tem sido o uso de eletrólitos líquidos contendo altas quantidades de solventes e sais fluorados, o que aumenta significativamente o impacto ambiental dessas tecnologias. Pesquisadores da ETH Zurich, sob a liderança da professora Maria Lukatskaya, desenvolveram um método inovador para mitigar esse problema, tornando as baterias não apenas mais ecológicas, mas também mais estáveis e economicamente viáveis.
Central para esse avanço é a criação de uma camada protetora estável ao redor do lítio metálico no eletrodo negativo da bateria. Essa camada atua como um escudo, impedindo reações indesejadas que poderiam comprometer tanto a eficiência quanto a segurança da bateria. Comparável ao esmalte protetor de um dente, ela evita que o lítio metálico reaja de forma destrutiva com os componentes do eletrólito durante o ciclo de carga e descarga.
O diferencial do novo método está na utilização de moléculas fluoradas carregadas eletricamente, que atuam como veículos para transportar flúor para a camada protetora. Isso permite a redução drástica da quantidade de flúor necessária no eletrólito líquido, alcançando apenas 0,1% em peso, uma diminuição de pelo menos 20 vezes em comparação com métodos anteriores.
Publicado recentemente na prestigiada revista *Energy & Environmental Science*, o estudo também está em processo de patenteamento. Além de melhorar a vida útil das baterias, esse avanço pode ser integrado facilmente às linhas de produção existentes, sem gerar custos adicionais significativos. O próximo passo envolve testes para garantir a escalabilidade do método, visando sua aplicação em larga escala, inicialmente em células de bateria do tamanho de uma moeda e, posteriormente, em dispositivos como smartphones. Com potencial para transformar tanto a indústria automotiva quanto a de eletrônicos portáteis, essa inovação representa um passo significativo em direção a um futuro energético mais sustentável e eficiente.