Ciência e Tecnologia

Grafeno revoluciona neuropróteses e restaura movimentos

Foto: Divulgação

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Avanços significativos no campo das neuropróteses, dispositivos essenciais para restaurar funções motoras em pacientes que enfrentam amputações ou lesões nervosas graves. O estudo concentrou-se no desenvolvimento do EGNITE, um material derivado do grafeno projetado para melhorar substancialmente a eficiência dos eletrodos utilizados nessas próteses de alta tecnologia. Recentemente, um estudo revolucionário coordenado pelo UAB Institut de Neurociències em colaboração com o l’Institut Català de Nanociència i Nanotecnologia (ICN2), alcançou esse objetivo.

Tradicionalmente, eletrodos metálicos como ouro, platina ou óxido de irídio têm sido utilizados em neuropróteses, mas enfrentam limitações significativas, como tamanho inadequado e falta de seletividade na estimulação nervosa. O EGNITE, por sua vez, aproveita as propriedades excepcionais do grafeno, oferecendo maior capacidade condutiva e permitindo a fabricação de eletrodos menores e mais precisos. Isso se traduz em uma interação mais eficaz com os nervos, minimizando o risco de estimulação indesejada ou resposta inadequada.

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Os testes realizados em modelos animais, incluindo implantes no nervo ciático de ratos, revelaram resultados promissores. Os eletrodos de EGNITE foram capazes de induzir e registrar atividade elétrica de forma seletiva por períodos prolongados, chegando a 60 dias, enquanto exigiam significativamente menos corrente elétrica em comparação com eletrodos convencionais. Essa redução na corrente elétrica não apenas conserva energia, mas também minimiza o potencial de danos aos tecidos circundantes, aumentando a segurança e a eficácia a longo prazo das neuropróteses.

Além da eficiência elétrica, a biocompatibilidade do EGNITE foi validada, o que é crucial para garantir que os eletrodos não provoquem reações adversas no corpo após o implante. A ausência de inflamação significativa ou rejeição nos testes funcionais reforça a viabilidade deste material como uma solução duradoura para interfaces neurais. O professor Xavier Navarro, líder do grupo de Neuroplasticidade e Regeneração do INc-UAB, enfatizou que os próximos passos envolvem a otimização contínua da tecnologia baseada em EGNITE e sua aplicação em estudos pré-clínicos avançados.

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O objetivo é explorar aplicações mais complexas, como sistemas de estimulação do nervo vago e da medula espinhal, visando a transição para ensaios clínicos que possam transformar diretamente a prática médica na área de neuropróteses. Em suma, os resultados deste estudo destacam o potencial transformador do EGNITE na área de neuropróteses, oferecendo não apenas melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes, mas também abrindo novas possibilidades para a integração de dispositivos bioeletrônicos avançados na medicina moderna.

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