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Reveladas descobertas promissoras sobre uma nova combinação terapêutica que estimula a regeneração de células beta humanas produtoras de insulina. Em um avanço significativo na luta contra o diabetes, uma equipe de pesquisadores do Mount Sinai Health System, em Nova York, e da City of Hope, em Los Angeles. Os resultados, publicados na *Science Translational Medicine*, indicam um potencial novo tratamento para o diabetes. A pesquisa, liderada por Andrew F. Stewart, MD, professor de medicina e diretor do Instituto Mount Sinai de Diabetes, Obesidade e Metabolismo, começou na Escola de Medicina Icahn em 2015. A equipe incluiu Adolfo Garcia-Ocaña, PhD, agora na City of Hope, e outros colaboradores que realizaram estudos detalhados de transplante animal e tratamento de drogas usando células beta de doadores.
### Descobertas Promissoras
Os pesquisadores combinaram a harmina, um produto natural encontrado em algumas plantas, com agonistas do receptor GLP1, uma classe comum de medicamentos para diabetes tipo 2. Em estudos pré-clínicos, células beta humanas foram transplantadas em camundongos sem sistema imunológico. Tratados com a combinação de drogas, esses camundongos apresentaram rápida reversão do diabetes e um aumento de 700% no número de células beta humanas ao longo de três meses. “Esta é a primeira vez que um tratamento medicamentoso comprovadamente aumenta o número de células beta humanas adultas in vivo”, destacou o Dr. Garcia-Ocaña, autor correspondente do artigo. “Esta pesquisa traz esperança para futuras terapias regenerativas no tratamento do diabetes.”
### Impacto e Metodologia
Mais de 10% da população adulta mundial sofre de diabetes, uma condição marcada por níveis elevados de açúcar no sangue devido à redução na quantidade e qualidade das células beta produtoras de insulina. Até agora, nenhuma terapia existente conseguiu aumentar significativamente o número de células beta humanas. A equipe de pesquisa explorou formas de restaurar o número de células beta residuais em diabéticos. Utilizando a microscopia avançada iDISCO+, Sarah A. Stanley, MBBCh, PhD, do Icahn Mount Sinai, verificou que a massa de células beta aumentou significativamente devido a maior proliferação, função e sobrevivência das células beta humanas.
### Caminho para a Clínica
O Mount Sinai recentemente concluiu um ensaio clínico de fase 1 da harmina em voluntários saudáveis, visando testar sua segurança e tolerabilidade. Paralelamente, Robert J. DeVita, PhD, desenvolveu inibidores DYRK1A de próxima geração, que estão sendo testados quanto à toxicidade e dosagem para futuros ensaios clínicos. Para os pacientes com diabetes tipo 1, onde o sistema imunológico continua a atacar novas células beta, a City of Hope planeja testar a combinação de indutores de regeneração de células beta com imunomoduladores. O objetivo é permitir que novas células beta prosperem e melhorem os níveis de insulina. “Nossos estudos abrem caminho para testes clínicos em humanos com inibidores de DYRK1A, e é emocionante estar tão perto de ver esse novo tratamento disponível para pacientes”, afirmou o Dr. Garcia-Ocaña.
### Suporte e Colaborações
Os Drs. Stewart e DeVita são co-inventores de pedidos de patente para inibidores DYRK1A, incluindo a harmina, para o tratamento do diabetes, atualmente não licenciados. Este avanço destaca o potencial de tratamentos regenerativos na medicina moderna, oferecendo uma nova esperança para milhões de pessoas que vivem com diabetes.