Ciência e Tecnologia

Incubatórios de Salmão Elevam Números, Mas Reduzem Diversidade Genética, Diz Estudo

Foto: Divulgação

Incubatórios de salmão podem aumentar significativamente o número de salmões selvagens, mas ao custo da diversidade genética, revela um novo estudo liderado pela Universidade do Alasca Fairbanks. Segundo a pesquisa publicada na revista Royal Society Open Science, a liberação de milhões de juvenis de salmão no Oceano Pacífico Norte por esses incubatórios tem impulsionado as colheitas de salmão rosa em Prince William Sound, saltando de aproximadamente 4 milhões para cerca de 50 milhões de peixes anualmente.

No entanto, o estudo alerta para as consequências: muitos desses salmões de origem de incubatório estão migrando para áreas naturais de desova, cruzando com populações selvagens e introduzindo suas variantes genéticas menos adaptadas às condições locais. Embora isso aumente o tamanho das populações selvagens a curto prazo, também reduz a diversidade genética entre elas, o que pode comprometer sua capacidade de adaptação a mudanças ambientais futuras.

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Samuel May, autor principal do estudo, destacou que mesmo uma pequena fração dos salmões de origem de incubatório pode ter um impacto significativo, homogeneizando as populações selvagens. Essa homogeneização pode diminuir a resiliência das populações naturais, tornando-as mais vulneráveis a estresses ambientais e mudanças climáticas. Os resultados foram baseados em simulações usando dados reais coletados no Prince William Sound, onde pesquisadores analisaram amostras de tecido de salmão rosa desde 2011.

Essa vasta coleção de dados permitiu reconstruir árvores genealógicas e rastrear a influência dos incubatórios sobre as populações locais. Embora os resultados sejam específicos para o salmão rosa e a região estudada, os pesquisadores enfatizam a necessidade de cautela ao aplicar essas conclusões a outros sistemas ou espécies. Eles destacam que modelos simplificados, embora úteis, podem não capturar completamente a complexidade das interações naturais.

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O estudo foi realizado em colaboração com o Departamento de Pesca e Caça do Alasca e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, refletindo um esforço conjunto para informar políticas de manejo sustentável dos recursos pesqueiros no Alasca.

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