Ciência e Tecnologia

Cogumelos Mágicos e Saúde Mental, Pesquisa Explora o Potencial Terapêutico da Psilocibina

Foto: Divulgação

**Psilocibina: A promessa dos cogumelos mágicos para o tratamento de doenças mentais**

A psilocibina, o composto ativo dos cogumelos mágicos, continua a fascinar cientistas e médicos por seu potencial terapêutico. Um novo estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, publicado na Nature em 17 de julho de 2024, oferece uma explicação neurobiológica detalhada sobre como essa substância altera temporariamente as redes funcionais do cérebro, abrindo caminho para novas abordagens no tratamento de condições psiquiátricas como depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

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**Redes cerebrais dessincronizadas: o segredo da experiência psicodélica**

Os pesquisadores descobriram que a psilocibina embaralha uma rede cerebral crítica, conhecida como rede de modo padrão, que está envolvida no pensamento introspectivo, como sonhar acordado e lembrar. Este efeito não é permanente; a rede se restabelece após o desaparecimento dos efeitos agudos da droga, mas pequenas mudanças persistem por semanas. “Há um efeito maciço inicialmente, e quando ele desaparece, um efeito pontual permanece”, explicou o coautor do estudo, Dr. Nico U. F. Dosenbach. “Isso é exatamente o que você gostaria de ver para um potencial medicamento.”

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**O estudo: imagens cerebrais e experiências subjetivas**

A equipe, liderada pelo Dr. Joshua S. Siegel, recrutou sete adultos saudáveis que tomaram uma alta dose de psilocibina ou metilfenidato (a forma genérica da Ritalina) sob condições controladas. Para garantir a segurança dos participantes, especialistas treinados os acompanharam durante toda a experiência, proporcionando suporte e orientação.

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Cada participante passou por uma média de 18 exames de ressonância magnética funcional (fMRI) do cérebro antes, durante e até três semanas após a ingestão de psilocibina. Os resultados mostraram mudanças profundas e generalizadas nas redes funcionais do cérebro, especialmente na rede de modo padrão, que se dessincronizou temporariamente.

**Impacto a longo prazo: flexibilidade cerebral e saúde mental**

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Segundo Siegel, essa dessincronização temporária “cria uma experiência psicodélica” no curto prazo, mas a longo prazo, “torna o cérebro mais flexível e potencialmente mais capaz de entrar em um estado mais saudável”. Este estudo fornece uma base para entender como a psilocibina pode ser usada terapeuticamente para melhorar a saúde mental.

**Experiência individual e potencial terapêutico**

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Os participantes relataram seus sentimentos de transcendência, conexão e admiração usando o Questionário de Experiência Mística. As mudanças nas redes funcionais do cérebro foram correlacionadas com a intensidade das experiências subjetivas de cada participante. “Conseguimos obter dados muito precisos sobre os efeitos da droga em cada indivíduo”, disse a coautora Dr. Ginger E. Nicol.

**Avanços em ensaios clínicos de precisão**

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Este estudo representa um avanço significativo em direção aos ensaios clínicos de precisão, que podem ajudar a determinar quem se beneficiará de determinados medicamentos e em que dosagem. “Na psiquiatria, muitas vezes não sabemos quem deve receber um determinado medicamento e quanto ou com que frequência”, explicou Nicol. “Usando essa abordagem, podemos fazer melhor uso dos medicamentos que temos.”

**Cuidado com a automedicação**

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Apesar dos resultados promissores, os autores enfatizam que a psilocibina não deve ser usada sem supervisão médica. A droga não é aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) para tratar depressão ou qualquer outra condição, e há riscos associados ao seu uso sem orientação adequada.

Este estudo não só avança a compreensão científica dos efeitos da psilocibina no cérebro humano, mas também sinaliza um novo horizonte para o tratamento de doenças mentais, ressaltando a importância de continuar a pesquisa nesta área promissora.

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