Ciência e Tecnologia

Chuva pode estar por trás do surgimento das primeiras células da Terra; entenda

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um estudo publicado na última quarta-feira, dia 21, sugere que a chuva pode ter desempenhado um papel crucial na origem da vida. Atualmente, a vida se manifesta como células, que são estruturas complexas contendo DNA, RNA, proteínas e outras moléculas. No entanto, há cerca de 4 bilhões de anos, as primeiras formas de vida eram células muito mais simples.

Cientistas vêm investigando como as protocélulas, as precursoras das células modernas, surgiram, tentando recriá-las em laboratório.

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Pesquisadores acreditam que as protocélulas eram compostas apenas de RNA, uma molécula similar ao DNA, responsável por armazenar informações genéticas.

Além de sua função de armazenamento, o RNA pode se dobrar em formas complexas e atuar como uma ferramenta para manipular outras moléculas, o que poderia ter permitido às protocélulas se reproduzirem, capturando blocos de construção genéticos para criar cópias de si mesmas.

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Um dos desafios na criação de protocélulas é determinar como elas eram envolvidas. As células modernas possuem membranas que regulam a entrada e saída de moléculas, mas esse tipo de estrutura seria problemático para as protocélulas primitivas, que precisariam absorver nutrientes e eliminar resíduos.

Alguns cientistas cogitam que as protocélulas podem ter se formado sem uma membrana, inspirados por experimentos químicos de um século atrás, onde produtos químicos se condensavam em gotículas flutuantes dentro de líquidos.

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Essa teoria sugere que as protocélulas poderiam ter começado como gotículas sem membrana, com a agitação natural da Terra primitiva dividindo essas gotículas, um processo que poderia ter precedido a divisão celular.

No entanto, as gotículas de RNA criadas em laboratório não permanecem estáveis como as células modernas, com as moléculas de RNA movendo-se entre as gotículas até que todas se fundam em uma única gota.

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Em 2018, o engenheiro químico Aman Agrawal encontrou uma possível solução para esse problema, ao perceber que a água poderia estabilizar as gotículas.

Esse achado, fruto de um experimento acidental, mostrou que a água incentivava as moléculas externas das gotículas a se ligarem, formando uma espécie de malha ao redor delas.

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Em 2021, o trabalho de Agrawal chamou a atenção de Jack Szostak, químico laureado com o Nobel, que pesquisava protocélulas há décadas. Szostak e Agrawal uniram forças para investigar se a água poderia estabilizar as gotículas de RNA.

Em seus experimentos, usando água purificada, eles conseguiram criar gotículas de RNA que permaneceram estáveis por dias.

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Os cientistas sugerem que a chuva na Terra primitiva poderia ter fornecido a água necessária para a formação dessas gotículas.

Para testar essa hipótese, Anusha Vonteddu, estudante de pós-graduação, utilizou água da chuva coletada durante uma tempestade e observou que as gotículas de RNA se mantiveram estáveis.

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Embora a chuva na Terra primitiva fosse provavelmente mais ácida devido ao alto nível de dióxido de carbono na atmosfera, os experimentos mostraram que a água ácida ainda era capaz de formar gotículas estáveis.

Neal Devaraj, biólogo químico da Universidade da Califórnia, San Diego, que não participou do estudo, afirmou que a pesquisa pode esclarecer a origem da vida, destacando que a simplicidade do processo experimental – apenas misturar e agitar – é compatível com as condições da Terra primitiva.

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Para Devaraj, essa simplicidade é uma vantagem na busca por respostas sobre as primeiras formas de vida no planeta.

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