Ciência e Tecnologia

Ucrânia proíbe uso do Telegram em dispositivos governamentais e militares devido a espionagem russa

(Pixabay)

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A Ucrânia proibiu nesta sexta-feira o uso do aplicativo de mensagens instantâneas Telegram em dispositivos governamentais e do Exército, temendo ações de espionagem por parte da Rússia. O Conselho de Segurança Nacional e Defesa anunciou novas restrições para os telefones de funcionários do Estado, pessoal militar e trabalhadores de infraestrutura crítica, onde “frequentemente” são trocadas informações confidenciais relacionadas ao trabalho.

“O Conselho de Segurança Nacional e Defesa decidiu proibir a instalação do Telegram em aparelhos de membros do Governo, pessoal militar, funcionários da segurança e defesa, além de empresas que lidam com infraestrutura crítica”, informaram autoridades do órgão, ressaltando que a plataforma “é uma grande fonte de vazamentos de informações”.

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“Telegram é muito fácil de ser hackeado e é utilizado ativamente pelo inimigo para ciberataques, distribuição de phishing e software malicioso, além de estabelecer a geolocalização de usuários e direcionar ataques com mísseis”, acrescentou o Conselho em um comunicado divulgado no Facebook.

A decisão foi tomada após o chefe da inteligência militar ucraniana, Kirilo Budanov, apresentar informações que indicam que os serviços de inteligência russos “têm acesso às trocas pessoais dos usuários do Telegram, incluindo mensagens apagadas e dados pessoais”.

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“Estou sempre a favor da liberdade de expressão, mas com o Telegram não se trata de liberdade de expressão, mas sim de segurança nacional”, alertou Budanov.

Apesar dos riscos, o serviço de mensagens continuará a ser utilizado sem restrições nos telefones dos cidadãos, assim como por funcionários públicos, militares e integrantes das estruturas de segurança que têm a função de informar e comunicar à população sobre acontecimentos importantes no país.

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O Telegram, criado pelo russo Pavel Durov em agosto de 2013, é um dos meios mais escolhidos pelos ucranianos para disseminar e receber informações sobre emergências, bombardeios e outros eventos no contexto da guerra iniciada pela Rússia em 2022. No entanto, as autoridades de segurança mantiveram desde o início a vigilância devido ao temor de vazamento de dados.

Em março deste ano, a Direção de Inteligência do Ministério da Defesa de Kiev já havia apontado que o aplicativo representava “um problema” para a segurança nacional e até um projeto de lei foi proposto no Parlamento para regular essas plataformas de mensagens, visando monitorar seus conteúdos e evitar a “associação com um Estado agressor”. “Em nosso país, qualquer pessoa pode criar um canal, começar a escrever o que quiser, e quando surgem problemas, se escudam na liberdade de imprensa”, explicou então o chefe da divisão.

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Ativistas espionados pelo Kremlin

Poucos meses após o início da invasão em grande escala da Rússia sobre a Ucrânia, ativistas e especialistas alertaram que o Kremlin havia começado a explorar as fraquezas do Telegram para intensificar a perseguição e repressão contra opositores. Vários dissidentes relataram que suas contas estavam sendo monitoradas ou que, até mesmo, estavam comprometidas, enquanto outros viram sua atividade na rede sendo usada contra eles em processos judiciais.

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“Alguns ativistas descobriram que seus ‘chats secretos’ – a suposta função de criptografia de ponta a ponta do Telegram – se comportam de maneira estranha, sugerindo que um terceiro indesejado poderia estar espionando”, alertou o jornalista Darren Loucaides em um artigo publicado na WIRED.

O artigo cita o caso de Marina Matsapulina, uma oposicionista de Putin que foi detida após as autoridades lerem suas mensagens privadas na plataforma, conforme confessado pelos próprios agentes. “Não quero semear o pânico, não quero fingir que sou uma especialista no assunto, mas quero instar todos a terem cuidado com o que dizem no Telegram. É possível que já não seja o espaço seguro que todos acreditavam que fosse”, escreveu a vice-presidente do Partido Libertário da Rússia.

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(Com informações da AFP, EFE e Reuters)

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