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Sam Bankman-Fried, ex-CEO da corretora de criptomoedas FTX, foi condenado por fraude, associação criminosa e desvio de fundos nesta quinta-feira (2 de novembro). Ele pode pegar até 110 anos de prisão.
A decisão do júri veio após um julgamento de cinco semanas. O promotor Damian Williams afirmou que Bankman-Fried “perpetrou uma das maiores fraudes financeiras da história americana”.
“A indústria da criptomoeda pode ser nova, mas esse tipo de fraude, de corrupção, é tão velho quanto o tempo”, escreveu o promotor.
Mark Cohen, advogado de Bankman-Fried, se disse “decepcionado” com o veredito. Ele afirmou que seu cliente “mantém a alegação de inocência e continuará a combater com vigor as acusações que pesam contra ele”.
Bankman-Fried, ex-estudante do MIT que se tornou bilionário antes dos 30 anos, conquistou o mercado das criptomoedas com rapidez impressionante, tornando a FTX na segunda maior plataforma de câmbio do mundo.
Em novembro de 2022, porém, a empresa desmoronou ao não conseguir lidar com a quantidade massiva de pedidos de saques por parte de seus clientes. O pânico foi gerado pela notícia de que o dinheiro armazenado pela corretora havia sido colocado no fundo de hedge pessoal de Bankman-Fried, o Alameda Research.
Alguns de seus ex-sócios testemunharam no julgamento que Bankman-Fried teve papel central em todas as decisões que resultaram no desaparecimento de 8 bilhões de dólares (R$ 39,6 bilhões) da plataforma FTX.
O juiz distrital Lewis Kaplan determinará a pena de Bankman-Fried no dia 28 de março de 2024. A sentença dependerá de diversos fatores, incluindo o histórico pessoal do réu e a natureza dos crimes cometidos.
O caso dos promotores contra Bankman-Fried ainda não está encerrado. Em março de 2024, ele será julgado pela acusação de ter pago propina de 40 milhões de dólares a autoridades chinesas e de conspirar para realizar mais de 300 doações políticas ilegais nos EUA.