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O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta sexta-feira (7) que foi dado na Argentina o primeiro passo em direção a uma moeda única entre os dois países, que se chamaria peso real. Bolsonaro viajou na quinta-feira ao país vizinho, onde se reuniu com o presidente argentino Mauricio Macri.
“É o primeiro passo para um sonho de uma moeda única. Como aconteceu o euro lá atrás, pode acontecer o peso real aqui”, afirmou Bolsonaro ao deixar o hotel onde estava hospedado em Buenos Aires. Bolsonaro volta nesta manhã para o Brasil.
“Meu forte não é economia, mas acreditamos no feeling, na bagagem, no conhecimento e no patriotismo do Paulo Guedes, ministro da Economia, nessa questão também”, continuou ele.
Sem citar a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, Bolsonaro voltou a falar que ninguém quer que a América do Sul “flerte com o comunismo, o socialismo”. “Infelizmente isso aconteceu na nossa querida Venezuela”, disse, desviando da pergunta sobre sobre a possibilidade de o anúncio do projeto ser uma manobra eleitoral do governo de Mauricio Macri.
Nesta quinta, em coletiva de imprensa ao lado do presidente argentino, Bolsonaro fez um apelo para que os argentinos tenham “muita responsabilidade, muita razão e menos emoção”nas eleições presidenciais do país, que devem ocorrer em outubro.
“Conclamo o povo argentino, que Deus abençoe a todos porque terão pela frente, em outubro, eleições e todos têm que ter, assim como no Brasil grande parte teve, muita responsabilidade, muita razão e menos emoção para decidir o futuro desse país maravilhoso”, disse Bolsonaro. “Queremos continuar parceiros na economia e no objetivo maior de qualquer homem e qualquer mulher, que é a liberdade, valor este que não podemos abrir mão em nenhuma hipótese”, continuou o brasileiro.
Macri tentará a reeleição em outubro contra uma chapa formada por Cristina Kirchner, candidata à vice, e Alberto Fernández. Com a Argentina passando por mais uma crise econômica, a imagem de Macri está bastante abalada. O anúncio da moeda comum pode ser usado para melhorar sua popularidade.
O presidente disse também que tem uma proposta “embrionária” para que os países da América do Sul se reúnam com o presidente americano, Donald Trump. Ele não citou, porém, quais seriam os objetivos dessa reunião. “Vamos agora costurar essa possibilidade dos países da América do Sul, de centro-direita, conversar com Trump.”
*Com informações do Estadão Conteúdo