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Moro pede demissão do ministério da Justiça e Segurança Pública

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Em entrevista coletiva nesta manhã (24), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, confirmou sua demissão do cargo.

A crise entre o ex-ministro e Bolsonaro se intensificou nesta quinta-feira (23). Em uma reunião pela manhã, Moro teria pedido a sua demissão após o presidente anunciar que substituiria o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo. A Secom publicou nesta sexta-feira (24), que a exoneração de Maurício Valeixo do cargo ocorreu a pedido do próprio.

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“Desde de 2014, a gente sempre tinha uma preocupação constante de interferências do Executivo na Lava Jato. Foi garantida a autonomia da PF durante toda a investigação. O governo da época tinha aqueles crimes todo, mas manteve a autonomia da PF”, disse o ex-ministro em pronunciamento.

“O que foi conversado com o presidente, foi que teríamos compromisso com a corrupção. Me foi prometido carta-branca pra nomear todos os nomes do Ministério da Justiça”.

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“Dentro do ministério, a palavra norte tem sido integração. Atuamos próximos das forças de segurança estaduais e até municipais. Trabalhamos duro contra a criminalidade organizada. Não houve um combate tão efetivo como nesta gestão. Trabalhamos com os governos estaduais, não contra”.

“O presidente concordou com todas as condições. Falou que me daria carta branca. Aceitei com o intento de fazer com que as coisas evoluissem. Na época, minha avaliação é que o aceite tinha sido bem aceito pela sociedade”, continuou.

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“A única condição que coloquei, que revelo agora, foi que como eu estava abandonando minha carreira de 22 anos da magistratura e de contribuição, pedi que se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada sem pensão. Foi a única condição que coloquei para assumir a posição no Ministério”.

“Na ocasião, foi divulgado equivocadamente que eu teria estabelecido como condição uma indicação ao STF. Isso nunca aconteceu. Minha ideia era buscar no Executivo um aprofundamento do combate à corrupção e levar efetividade contra o crime organizado”.

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“No fim de 2018, recebi convite de Bolsonaro, recém-eleito. Fui convidado a ser ministro da Justiça e Segurança Pública. Foi conversado que teríamos o compromisso com o combate à corrupção, crime organizado e criminalidade violenta. Foi-me prometido carta branca para nomear todos os assessores como a PRF e a PF”

“Num domingo qualquer, lembro que Valeixo recebeu uma ordem de soltura ilegal do ex-presidente Lula, condenado por corrupção e preso, emitida por um juiz incompetente. Foi graças a autonomia de Valeixo que ele comunicou as autoridades e foi possível rever a ordem”, disse Moro.

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“Foi garantida a autonomia da Polícia Federal durante as investigações. O governo da época (Dilma Rousseff, PT) tinha inúmeros defeitos, crimes de corrupção, mas foi fundamental a manutenção da autonomia da PF para que fosse realizado o trabalho.”

“Desde 2014, na Lava Jato, sempre tive preocupação com a interferência do Executivo na investigação, como na troca de diretor-geral e troca de superintendente”

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“Enquanto o Coaf esteve na Justiça – e eu não pedi que viesse -, nós o fortalecemos. Isso é positivo.”

“Em todo este período, tive apoio do presidente em vários desses projetos, outros nem tanto. Mas a partir do segundo semestro do ano passado, passou a haver uma insistência na troca do comando da PF.”

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“Houve primeiro um desejo de trocar um superintendente no Rio. Não havia motivo. Conversando com ele, ele queria sair do cargo por questões pessoais. Acabamos concordando, eu e o diretor-geral, em fazer esta troca.”

“Eu não indico superintendentes da PF. A única pessoa que indiquei foi Valeixo. Não é meu papel indicar superintendentes. Assim tem sido no Ministério. Tenho dado autonomia ao pessoal que trabalha comigo para que eles façam as melhores escolhas.”

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“Eu escolhi o diretor-geral da PRF tecnicamente. O que não é aceitável são indicações políticas. Quando se começa a preencher cargos técnicos por questões políticas, o resultado não é bom”

“O presidente também me informou que tinha preocupação com inquéritos em curso no STF e que a troca também seria oportuna por este motivo. Também não é razão que justifique a troca. Gera uma grande preocupação.”

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*Mais informações em instantes

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