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Conforme apontou o primeiro resultado da necropsia realizada pela perícia em Porto Alegre, João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, por asfixia. Ele foi espancado por seguranças do hipermercado Carrefour, na noite desta quinta-feira (19).
“O maior indicativo da necropsia é de que ele foi morto por asfixia, pois ele ficou no chão enquanto os dois seguranças pressionavam e comprimiam o corpo de João Alberto dificultando a respiração dele. Ele não conseguia mais fazer o movimento para respirar”, disse a delegada responsável pelo caso, Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
“Duas ou mais pessoas podem ser implicadas por não terem impedido que as agressões continuassem. Foi uma ação completamente desproporcional e atípica para pessoas que exercerem essa atividade”, disse Bertoldo.
A delegada, porém, afirmou não ter indícios de se tratar de um caso de racismo. “Até este momento, não deslumbramos nada de cunho racial. Não temos nenhum indicativo por essa motivação”, disse.
A informação preliminar de que João Alberto teria sofrido um ataque cardíaco enquanto era agredido pelos vigilantes não pôde ser constatada pela perícia. Dois seguranças terceirizados do Carrefour, Giovane Gaspar da Silva, policial militar temporário, e Magno Braz Borges foram levados para prisão. Os dois serão indiciados por homicídio triplamente qualificado – por motivo fútil, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.