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Lava Jato condenações mensagens roubadas
Nesta segunda-feira (08), procuradores da Lava Jato enviaram ofícios ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) alertando para o “risco real de anulações em cadeia” de condenações da operação, com o uso das mensagens roubadas da força-tarefa.
“A divulgação dirigida das supostas mensagens no presente contexto, ilícitas e sem integridade aferida, para produzir falsas acusações sem base na realidade, faz parte, nos parece, de um evidente plano de comunicação para influenciar o julgamento da alegada suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro e anular condenações bastante sólidas, já confirmadas inclusive pelo próprio Superior Tribunal de Justiça , gerando um risco real de anulações em cadeia que coloque por terra o relevante trabalho de todas as instâncias do Poder Judiciário na operação Lava Jato, que permitiu a responsabilização de centenas de criminosos e a recuperação de bilhões de reais”, diz o documento enviado pelos procuradores da Lava Jato.
Os ofícios foram enviados na véspera do julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão do ministro Ricardo Lewandowski que deu a Lula acesso a todo o material apreendido com hackers presos na Operação Spoofing, que desmantelou o esquema de invasão de celulares de autoridades.
Na semana passada, a defesa do petista condenado Lula começou a anexar no processo, que é público, partes dos diálogos. Um deles motivou o presidente do STJ, Humberto Martins, a pedir a Augusto Aras investigação sobre uma suposta tentativa dos procuradores de investigar informalmente ministros do tribunal.
Nos ofícios, os procuradores afirmam que é “absolutamente equivocada” a notícia sobre a investigação e que em todas as vezes em que foram encontrados indícios contra autoridades com foro, as autoridades competentes foram devidamente comunicadas.