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Na manhã desta segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a previsão para chegada das primeiras doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer.
A entrega das primeiras unidades do imunizante é aguardada para o dia 29 de abril, próxima quinta-feira, e, de acordo com o ministro, a logística para rápida distribuição do composto, que deve ser mantido em baixas temperaturas, já está preparada.
“Temos trabalhado fortemente para conseguir mais doses. Chegará primeiro lote da vacina da Pfizer no dia 29 no aeroporto de Viracopos. São doses prontas e o Ministério da Saúde já organizou a logística para essa vacina, que tem a peculiaridade em relação à cadeira de frio. Temos capacidade para aplicar a vacina da Pfizer com bastante segurança”, garantiu o ministro durante audiência no Senado.
Além de anunciar a chegada das vacinas, Queiroga também falou sobre o avanço da imunização no país, citando aplicação de 1,8 milhão de doses na última sexta-feira.
Contudo, de acordo com o ministro, essa agilidade na campanha de vacinação depende do respeito às diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI):
“Se muda a orientação [dos grupos prioritários] termina por alterar a harmonia do nosso programa. Então é um apelo que faço. Às vezes se pressiona para colocar um grupo prioritário ou outro, isso atrapalha o nosso PNI. Fazer que o PNI tenha decisões mantidas e nos municípios ele seja cumprido é um desafio para todos nós”, afirmou, sem mencionar, no entanto, Estados ou cidades que teriam alterado as diretrizes do plano de imunização.
Sobre a atualização do calendário de entrega das vacinas, um dos principais questionamentos dos senadores, o ministro explicou que a diminuição das doses previstas se deve, sobretudo, “em função das vacinas da Covaxin, que não foram autorizadas pela Anvisa“.
“Nós retiramos porque fica criando uma falsa expectativa na população brasileira. Se a vacina for autorizada pela Anvisa, vamos novamente colocar no calendário e a vacinação vai caminhar mais célere”, disse, ressaltando ainda que o Brasil, como um “país continental”, é uma das nações que “mais distribuiu vacinas no mundo”.
Para Queiroga, são “muitos pontos para comemorar”, embora falte uma melhor comunicação Estados e municípios com a União.
“O Programa Nacional de Imunização, contanto que nós tenhamos doses suficientes, tem condição de levar vacinas para toda a população brasileira com a sua capacidade. Mas se os senhores senadores e deputados entenderem que devem dispor de maneira diferente através de lei, todos nós temos que cumprir e o Ministério da Saúde será obediente com as deliberações”.