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Na tarde desta terça-feira (08), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe G. Martins, por “racismo”.
A ação acontece após Martins realizar, durante sessão do Senado, um ” ” ao arrumar a lapela do seu terno. Ele foi acusado de realizar um gesto de supremacia branca, o “White Power”.
Para o MPF, ficou evidente que Martins agiu de forma intencional e tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do seu gesto.
De acordo com o MPF, ele responderá, segundo a lei, por crimes raciais ao ter “praticado e induzido a discriminação e o preconceito de raça”. Ele ser condenado à prisão, ao pagamento de multa mínima de R$30 mil e à perda de cargo público.
A ação enviada à 12 Vara de Justiça Federal contou com informações do inquérito conduzido pela Polícia Legislativa do Senado. “Foram realizadas perícias minuciosas sobre os movimentos praticados por Filipe a fim de analisar se o assessor estaria de fato apenas ajeitando o seu terno, como ele alegou. No entanto, a conclusão investigativa apontou que as ações foram incompatíveis com um possível ajuste das suas roupas”, diz.
De acordo com o MPF, que verificou o perfil e o histórico do denunciado, a denúncia apontou que Martins “apresenta padrão de comportamento e difusão de ideias ou símbolos extremistas”.
A peça cita também diversos tuítes postados pelo assessor contendo frases e citações com referências históricas utilizadas por militantes racistas e assassinos.
“Não é verossímil nem casual que tantos símbolos ligados a grupos extremistas tenham sido empregados de forma ingênua pelo denunciado, ao longo de vários meses em que ocupa posição de poder na estrutura da administração pública federal, nem que sua associação a grupos e ideias extremistas tenha sido coincidência em tantas ocasiões”, argumentam os procuradores.