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Nesta quarta-feira (30), a Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar a compra da vacina indiana contra a Covid-19, Covaxin, pelo Ministério da Saúde.
O caso será conduzido pelo Serviço de Inquéritos (Sinq) da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF.
Na terça-feira (29), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, solicitou à PF a abertura da investigação e o Ministério da Saúde suspendeu o contrato com a Precisa Medicamentos para adquirir 20 milhões de doses do imunizante da Bharat Biotech.
Em 18 de junho, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, disse, em depoimento ao MPF, ter presenciado uma pressão atípica durante o processo de compra da vacina.
Após a revelação do depoimento, a CPI da Covid avançou sobre o caso e ouviu o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luís Ricardo. O parlamentar disse na CPI que afirmou ao presidente Jair Bolsonaro que o contrato da vacina indiana tinha suspeitas de irregularidades. De acordo com o deputado, o chefe de Executivo teria citado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, como responsável pelos supostos desvios.
Segundo Luís Ricardo, o ex-diretor de Logística do ministério Roberto Dias teria sido um dos responsáveis pela pressão na compra da Covaxin.
Dias também é apontado por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, como quem teria solicitado propina para fechar um contrato de compra da vacina AstraZeneca.