A CPI da Covid decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a investigação aberta pela Polícia Federal (PF) para apurar supostos vazamentos de depoimentos do inquérito que apura a suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso Covaxin.
Eles alegam que se trata de uso da máquina pública para obstruir os trabalhos do colegiado. Os senadores também cobram uma resposta pública por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Fabiano Contarato (Rede-ES) disse que o ato é “inadmissível” e representa uma tentativa de intimidação. “Temos que dar um basta nisso. Não podemos permitir isso”.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, comparou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, a Franz Gürtner, ministro da Justiça de Adolf Hitler.
A PF informou sobre a abertura do inquérito em nota pública, divulgada no fim da tarde (04). No texto, a corporação tentou justificar o encerramento abrupto do vídeo do depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Trecho em que Pazuello citaria Luís Miranda e Bolsonaro teriam sido editados.
“Essas coisas não vão nos intimidar, não adianta. Vamos investigar haja o que houver”, declarou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Ao final da sessão desta quarta-feira (04), a CPI determinou que a secretaria da comissão acionasse a Advocacia do Senado.