CPI da Covid

CPI da Covid desiste de convocar Queiroga pela terceira vez

Na reta final dos trabalhos da CPI da Covid, no Senado, o colegiado desistiu de convocar novamente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que já esteve depondo aos parlamentares por duas vezes.

Em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan nesta terça-feira (05), o senador Otto Alencar (PSD-BA) explicou o porquê da desistência e falou quais serão as etapas seguintes, com a entrega e leitura do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) na próxima semana, após o feriado de 12 de outubro, e encaminhamento do documento à Procuradoria-geral da República, à Câmara dos Deputados e ao Tribunal Internacional de Haia.

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De acordo com Alencar, os senadores da CPI se reuniram na noite da última segunda-feira (04), e concordaram que um novo depoimento de Queiroga não agregaria novas e relevantes informações para o relatório.

“Ficou decidido que não se convocaria o ministro Marcelo Queiroga, até porque ele já foi à CPI por duas vezes. A contribuição que ele daria agora, na minha opinião e da maioria, não seria eficaz ou não brotaria nenhuma informação mais importante para nós. O caso da não vacinação dos jovens, que foi negada pelo próprio governo, já está comprovada e foi dita pelo próprio ministro. Portanto, não vamos convoca-lo”, anunciou Alencar.

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Em seguida, ele listou os depoimentos previstos para esta semana, sendo nesta terça-feira (05), um representante da VTCLog; na quarta (06), o diretor presidente da Agência Nacional de Saúde, Paulo Rebello; e na quinta (07), de médicos da Prevent Senior.

“Na outra semana, tem o feriado do dia 12 e o relator Renan Calheiros vai se aprofundar para apresentar o relatório. Nós já conhecemos parte desse relatório, que tem provas irrefutáveis, vídeos, áudios, e-mails, mensagens de texto, enfim, várias provas que certamente mostrarão ao Brasil que a condução da doença pelo Ministério da Saúde foi muito equivocada. Poderia se fazer muito mais e melhor pelo provo brasileiro e evitar tantos óbitos. Eu acho, inclusive, que isso está bem caracterizado no relatório do Renan, que nós já conhecemos em parte”, destacou o senador durante a entrevista.

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Questionado sobre as consequências do relatório final e dos trabalhos da CPI da Covid-19, Otto Alencar falou sobre os procedimentos burocráticos que devem ocorrer no Senado e o encaminhamento do documento à PGR, à Câmara dos Deputados e ao Tribunal Internacional de Haia.

“Depois de lido, o relatório é avaliado e tem que ser votado, deliberado pela maioria do colegiado, dos 11 representantes. Então ele deverá ser encaminhado à PGR, ao procurador-geral Augusto Aras. Até questiono se ele vai dar segmento ou não. Na minha opinião, ele não tem como não dar seguimento com as provas que nós temos, provas inegáveis de pessoas que participaram disso, estimulando, por exemplo, a imunidade de rebanho. A imunidade de rebanho deu certo em Manaus? Não deu certo. Manaus teve a maior letalidade do mundo, mais de 3% daqueles que tiveram a doença foram a óbito na cidade. Faltou oxigênio, se deu hidroxicloroquina, uma medicação completamente ineficaz”, defendeu.

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“As viroses são evitadas e reduzidas por vacinação. Não existe outro método para evitar que uma virose possa se expandir. Por isso, que o Brasil está livre hoje da paralisia infantil, sarampo, varíola, H1N1. Não há outro método, não existe tratamento preventivo. Isso é uma aberração. O próprio presidente da República tomou a hidroxicloroquina e contraiu a doença. É medicamento preventivo? Preveniu a doença? O presidente deixou de ter a doença? Não. Ele teve e depois continuou tomando a medicação. Isso é uma coisa muito evidente. O mundo inteiro rejeitou o tratamento preventivo ou precoce, como falam os terraplanistas. Só aqui no Brasil, um grupo de pessoas ficaram batendo na mesma tecla para que as pessoas enganadas pudessem usar a medicação completamente ineficaz e que tem problemas graves para as pessoas que possuem arritmia cardíaca, uma doença que, na medicina, chamamos de dose-dependente: quanto mais se toma uma medicação que altera a arritmia, mais ela se agrava e termina em parada cardíaca e morte”, disse o senador. “Eu acho que, além da PGR, vamos encaminhar o relatório para a Câmara dos Deputados e para a Corte Internacional de Haia. E se, por acaso, houver alguma recusa, vamos acionar diretamente o Supremo Tribunal Federal”, finalizou Alencar.

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