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O rei Carlos III , o mais novo monarca do mundo, foi oficialmente proclamado soberano do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte na manhã deste sábado (10) em uma cerimônia constitucional que remonta a centenas de anos. Quase 700 membros do atual Conselho de Adesão, a parte mais antiga do governo britânico em funcionamento, foram convocados para se reunir no sábado no Palácio de St James, em Londres, a residência oficial dos reis e rainhas do Reino Unido durante séculos.
O conselho é composto por Conselheiros Privados, um seleto grupo de políticos de alto escalão, incluindo a nova Primeira-Ministra Liz Truss, figuras religiosas da Igreja da Inglaterra, o Lorde Prefeito de Londres e um bando de outros altos funcionários públicos de toda a sociedade britânica e os 14. outros “reinos”, ou nações, para os quais o monarca serve como chefe de estado oficial.
Enquanto o rei Carlos III imediatamente se tornou rei após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, que morreu na quinta-feira após um recorde de 70 anos no trono, era papel do conselho reconhecer formalmente a morte de um monarca e então proclamar o novo um em nome do governo britânico. Faz parte do processo constitucional da Grã-Bretanha.
Cerca de 200 dos atuais Conselheiros Privados participaram do processo em Londres no sábado, incluindo muitos ex-primeiros-ministros e outros políticos de alto escalão. O Conselho Privado é a parte mais antiga do governo britânico em funcionamento, com quase 1.000 anos. Pela primeira vez na longa história do Conselho de Adesão, a cerimónia em duas partes foi transmitida ao vivo pela televisão no sábado.
Na primeira parte da cerimônia, a legisladora britânica Penny Mordaunt, o senhor presidente do conselho, anunciou a morte da rainha Elizabeth II e então secretário do conselho, Richard Tilbrook, leu em voz alta uma proclamação de adesão.
A proclamação foi então assinada pelos membros do conselho.
Para a segunda parte do conselho, o rei Carlos juntou-se à reunião em St James’s. Os Conselheiros Privados assistiram enquanto o novo monarca lia as declarações relacionadas à morte de sua mãe, e então fazia um juramento prometendo servir ao seu reino.
Prometendo seguir o “exemplo inspirador” de sua mãe, Charles disse estar “profundamente ciente dessa grande herança e dos deveres e pesadas responsabilidades de soberania que agora passaram para mim”.
“Eu sei o quão profundamente você e toda a nação, e acho que posso dizer que o mundo inteiro, simpatiza comigo nesta perda irreparável que todos sofremos”, disse ele sobre o falecimento da rainha.
O novo rei então aprovou vocalmente uma série de ordens, incluindo declarar feriado nacional a data ainda não confirmada do funeral de sua mãe. Espera-se que seja realizado em ou por volta de 19 de setembro.
Conforme exigido pela constituição da Grã-Bretanha, Charles também declarou servir lealmente a Igreja da Escócia, da qual ele também é o líder formal. Ele foi o primeiro a assinar duas cópias dessa declaração, seguido por seu filho e herdeiro, William, Príncipe de Gales, e outras testemunhas.
Após os procedimentos do Conselho de Adesão, a proclamação do rei Carlos como monarca foi lida em voz alta na Galeria da Proclamação, uma varanda do Palácio de São Tiago, pelo Rei de Armas da Jarreteira, acompanhado por outros funcionários – todos vestindo roupas tradicionais.
Trombetas soaram enquanto o Garter King of Arms se preparava para ler a proclamação.
A proclamação, conforme lida para o mundo pelo Rei das Armas da Jarreteira, viu os Conselheiros Privados reunidos e outros membros do Conselho de Adesão formalmente declararem que “agora, com uma só voz e Consentimento de Língua e Coração, publicam e proclamam que o príncipe Charles Philip Arthur George é agora, pela morte de nosso falecido Soberano de memória feliz, tornou-se nosso único suserano legítimo e legítimo, Charles III, pela graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de todos os Seus outros Reinos e Territórios, Rei, Chefe da Commonwealth, Defensor da Fé, a quem reconhecemos toda Fé e Obediência com humilde Afeição, suplicando a Deus por quem Reis e Rainhas reinam, para abençoar Sua Majestade com longa e anos felizes para reinar sobre nós.”
Depois, outra saudação de trombeta seguiu um grito de “Deus salve o rei!” por aqueles reunidos no pátio sob a Galeria da Proclamação. A multidão reunida então cantou o hino nacional britânico, com sua nova letra revisada de “Deus salve o rei”.
A cerimônia seria seguida no final do dia por salvas de armas e repetições públicas da proclamação em outros locais em Londres e depois nas capitais das outras nações do Reino Unido, em Edimburgo, Escócia; Belfast, Irlanda do Norte, e Cardiff, País de Gales, entre outros locais nas 14 nações onde Charles é o chefe de estado formal.
O resto do terceiro dia de trabalho do rei Charles envolverá uma série de reuniões formais – ou “audiências”, como são chamadas pelo Palácio de Buckingham – com funcionários como o arcebispo de Canterbury, o primeiro-ministro e outros membros do gabinete e, em seguida, líderes dos partidos políticos da oposição da Grã-Bretanha.
His Majesty The King gives a personal declaration at today’s Accession Council, where he was formally proclaimed King Charles III.
⚫ https://t.co/lZ6yrT9Y0Y pic.twitter.com/phalp3gxTo — The Royal Family (@RoyalFamily) September 10, 2022