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Nesta segunda-feira (26), a NASA atingiu com sucesso um pequeno asteroide a mais de 11 milhões de quilômetros da Terra com uma espaçonave de 1.000 libras, completando a primeira missão de defesa planetária do mundo.
A espaçonave Double Asteroid Redirection Test (DART) colidiu com o asteroide Dimorphos por volta das 19h14 ET a uma velocidade de mais de 14.000 milhas por hora.
É a primeira vez que a humanidade atinge propositalmente um objeto no espaço. Funcionários da NASA e do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins que trabalham na missão DART há anos explodiram em aplausos assim que a espaçonave colidiu com Dimorphos.
IMPACT SUCCESS! Watch from #DARTMIssion’s DRACO Camera, as the vending machine-sized spacecraft successfully collides with asteroid Dimorphos, which is the size of a football stadium and poses no threat to Earth. pic.twitter.com/7bXipPkjWD
— NASA (@NASA) September 26, 2022
O DART foi lançado ao espaço pela primeira vez em novembro, então o sucesso da missão completa um voo de 10 meses em direção a Dimorphos.
Dimorphos faz parte do sistema binário de asteróides Didymos, que significa gêmeo em grego. Em seu sistema, o Dimorphos orbita o asteroide maior, Didymos.
Embora nem Dimorphos nem Didymos representem uma ameaça para a Terra, a missão DART serve como um teste chave para desviar um futuro asteroide ou objeto espacial que poderia ameaçar o planeta.
A NASA está realizando uma coletiva de imprensa às 20h para discutir o impacto do DART com Dimorphos e a análise do evento com telescópios terrestres.
“Acredito que isso nos ensinará como, um dia, proteger nosso próprio planeta de um asteroide que se aproxima”, disse Nelson.
O impacto marca “uma nova era da humanidade, uma era em que potencialmente temos a capacidade de nos proteger de um perigoso impacto de asteróide”, disse Nancy Chabot, cientista planetária do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.
“Nunca tivemos essa capacidade antes”, acrescentou Chabot.
Dimorphos, o asteroide alvo, foi escolhido porque é uma lua de um asteroide maior chamado Didymos, de acordo com uma ficha informativa divulgada antes do impacto. Nenhum deles representa uma ameaça imediata para a Terra.
Telescópios baseados na Terra podem ver a dupla mesmo que estejam a cerca de 11 milhões de quilômetros de distância.
Teria sido mais difícil medir os efeitos do impacto na órbita de um único asteroide ao redor do Sol, então os cientistas tentaram mudar a órbita de Dimorphos em torno de Didymos.
Os astrônomos calcularam a órbita pré-impacto de Dimorphos medindo as variações no brilho da lua do asteroide que passa atrás e na frente do asteroide maior do ponto de vista da Terra.
Astrônomos da NASA e do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins compararão a órbita pós-impacto do Dimorphos com a linha de base que eles já adquiriram para avaliar o quanto ela foi desviada pelo DART.
A NASA lançou o DART – que é do tamanho de uma máquina de venda automática – no ano passado. Foi dirigido de forma autônoma para Dimorphos, que é do tamanho de um estádio de futebol.
Esperava-se que uma espaçonave em miniatura produzida na Itália, chamada LICIACube, equipada com duas câmeras, passasse por Dimorphos cerca de três minutos após o acidente para coletar imagens das consequências.
O Telescópio Espacial Hubble, Telescópio Espacial James Webb e telescópios terrestres também foram focados no sistema para observar a colisão.
Esperava-se que o DART estivesse viajando a cerca de 22.530 quilômetros por hora e pesasse 571,5 quilos quando atingiu Dimorphos, que tem 160 metros de diâmetro.
Os astrônomos estimavam antes do impacto que a colisão escavaria uma cratera no asteróide e explodiria entre 22.000 e 220.000 libras (entre 9.979 e 99.790 kg) de material de superfície, chamado de material ejetado, no espaço.