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O senador Marcos do Val, do Podemos-ES, declarou que a operação da Polícia Federal na quinta-feira (15), que realizou busca e apreensão em sua casa, foi um “presente de aniversário meio desagradável, mas que ele já esperava”. A ação teve como objetivo investigar a suposta obstrução do senador em relação às investigações do incidente ocorrido em 8 de janeiro. Senador completa 52 anos hoje.
“Foi um presente de aniversário meio indigesto. O ministro Alexandre de Moraes, quando convoquei ele pra participar da CPMI, com certeza se sentiu afrontado”, disse Do Val em entrevista a Globonews.
A equipe da Polícia Federal executou mandados de busca e apreensão no escritório de Marcos do Val no Senado Federal. Além disso, a polícia investigou endereços do político em sua cidade natal, Vitória, Espírito Santo. Durante a operação em um desses locais, onde o senador estava presente, foi confiscado seu celular, além de computadores e documentos.
De acordo com informações divulgadas, a ordem para a realização da operação da PF teria sido dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). As suspeitas são de que o senador tenha tentado obstruir as investigações relacionadas ao incidente de 8 de janeiro.
Marcos do Val está sob investigação por suspeita de envolvimento em pelo menos cinco possíveis crimes: divulgação de documento confidencial (de acordo com o art. 153 do Código Penal); associação criminosa (nos termos do art. 288 do Código Penal); tentativa de supressão do Estado democrático de Direito (de acordo com o art. 359-L do Código Penal); tentativa de golpe de Estado (conforme o art. 359-M do Código Penal); e obstrução à investigação sobre organização criminosa (nos termos do artigo 2º, §1º, da lei 12.850/2013).
Todas as redes sociais do senador foram bloqueadas por do ministro Alexandre de Moraes.