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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesta terça-feira (1º) que o número de mortos na Operação Escudo da Polícia Militar (PM) no Guarujá subiu para 14. A operação foi deflagrada em resposta ao assassinato de um soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM. O soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto com um tiro dentro da viatura enquanto patrulhava uma comunidade no Guarujá na noite da última quinta-feira (27).
Tarcísio afirmou que irá investigar eventuais excessos cometidos pela Polícia Militar durante a operação realizada no litoral do estado. Ele ressaltou que todas as condutas serão investigadas e que os responsáveis por eventuais excessos ou falhas serão punidos.
“Tudo está sendo investigado. A gente não vai se furtar a investigar nada. Todas as condutas vão ser investigadas. Se houver excesso, se houver falha, nós vamos punir os responsáveis”, disse Tarcísio.
O governador destacou que o comandante-geral da Polícia entrou na comunidade junto com os policiais para coibir excessos e garantir o cumprimento da lei durante a operação. Ele também enfatizou que o combate ao crime muitas vezes gera efeitos colaterais e que não é possível combater o crime sem enfrentar reações.
“O comandante-geral da Polícia entrou na comunidade junto com os policiais justamente para coibir excessos, para fazer com que a lei seja cumprida, para conduzir a operação. Estamos fazendo isso com muita responsabilidade”, disse. “Não existe combate ao crime sem efeito colateral.”
“Quem é que vai subir numa área dominada pelo crime e vai ser recebido de uma forma amistosa? A polícia não quer o confronto, isso não interessa para ninguém. Quando você faz uma asfixia em um local, você tem uma reação. Isso significa que a operação está gerando incômodo, que está prejudicando o ‘business’. Nós não queremos o combate, mas também não vamos nos curvar ao crime”, disse Tarcísio.
O Ministério Público do Estado de São Paulo anunciou que vai investigar a atuação da Polícia Militar durante a Operação Escudo. O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, designou três promotores da Baixada Santista para, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), analisar as ações da Polícia Militar nesse episódio.