Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Na manhã desta quinta-feira (03), a Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante em Novo Progresso, no sudoeste do Pará (PA), Bruno Heller, suspeito de ser o maior devastador da Amazônia já investigado.
A prisão dele faz parte da Operação “Retomada” da PF, que investiga registros fraudulentos de terras para desmatamento. Também houve ações em Mato Grosso (MT).
A Justiça Federal determinou o bloqueio de 16 fazendas, 10 mil cabeças de gado e R$ 116 milhões pertencentes ao grupo criminoso do qual ele é apontado como chefe.
O homem foi flagrado com ouro bruto e uma arma ilegal durante a operação da PF, que cumpria três mandados de busca e apreensão contra ele.
De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações apontam que o grupo criminoso do devastador preso registra terras no nome de terceiros, de forma fraudulenta, no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Segundo a investigação, os registros são feitos principalmente no nome de parentes. Em seguida, eles desmatam as áreas e as destinam para criação de gado.
No total, conforme a corporação, foram cumpridos pela PF três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Novo Progresso e em Sinop, no Mato Grosso.
“O inquérito policial identificou que o suspeito e seu grupo teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Além disso, já foram constatados o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta, o equivalente a quase quatro Ilhas de Fernando de Noronha (PE), com indícios de um único autor ser o responsável pela destruição ambiental. Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a terras indígenas e unidades de conservação”, diz a PF.
De acordo com a PF, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se sentiriam protegidos contra eventuais processos, os quais seriam direcionados aos participantes sem patrimônio.
Até o momento, o inquérito da PF identificou que o suspeito e seu grupo teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União.
Ainda de acordo com a PF, já foram constatados o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta, o equivalente à quase 4 ilhas de Fernando de Noronha, com indícios de um único autor ser o responsável pela destruição ambiental, com emprego de um enorme aporte de recursos.
“Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a terras indígenas e unidades de conservação”, afirmou a PF.
De acordo com a Polícia Federal, o suspeito líder do grupo já recebeu 11 autuações e 6 embargos do IBAMA por irregularidades.