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O Banco Central (BC) revisou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2% para 2,9% em 2023. O aumento foi motivado pelo crescimento acima do esperado da economia nos primeiros dois trimestres do ano.
A revisão positiva reflete, principalmente, a elevação nas projeções para a agropecuária (de 10% para 13%), com melhora dos prognósticos de colheita de soja, de milho e de cana-de-açúcar, e o crescimento do abate de animais no primeiro semestre, maior do que o antecipado.
Para a indústria, a previsão foi alterada de 0,7% para 2%, com melhora nos prognósticos para a construção. Já para o ramo de serviços, responsável por 70% de toda a produção nacional, a projeção de alta foi revista de 1,6% para 2,1%, com melhora das expectativas para todas as atividades, com exceção de comércio, ainda bastante influenciado pelo desempenho da indústria de transformação.
A revisão do BC também considera alta nas previsões para o consumo da família e do governo e recuo na estimativa para o desempenho da FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo).
A elevação da renda das famílias no segundo trimestre, resultante de crescimento dos rendimentos do trabalho e de benefícios sociais, e o recuo na taxa de poupança dos consumidores também são citados como estímulos para a revisão.
Para os próximos meses, no entanto, espera-se moderação no ritmo de crescimento da renda das famílias, com menor contribuição de benefícios sociais. Ao mesmo tempo, o BC avalia com cautela o aumento dos pagamentos líquidos das famílias às instituições financeiras e os níveis de endividamento.
“Diante desse cenário, espera-se que o consumo das famílias continue avançando no segundo semestre, porém em menor ritmo do que o observado no primeiro”, estima o Banco Central.