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O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, ordenou nesta segunda-feira (9) um cerco total à Faixa de Gaza, enquanto o exército bombardeava o território palestino com ataques aéreos.
“Estamos sitiando Gaza completamente… Sem eletricidade, alimentos, água, combustível… tudo está fechado”, disse Gallant em uma mensagem de vídefo, referindo-se ao enclave superlotado com 2,3 milhões de pessoas.
“Estamos lutando contra animais e agimos de acordo”, disse Gallant, que está conduzindo uma avaliação da situação operacional no Comando Sul do Exército, juntamente com o chefe do comando, Yaron Finkelman.
Israel mantém um bloqueio aéreo, terrestre e marítimo à Faixa de Gaza desde 2007, quando o grupo terrorista Hamas assumiu o controle do enclave, que tem uma única central elétrica que necessita de combustível para funcionar e abastecer hospitais, casas e abrigos.
Israel declarou-se em estado de guerra no sábado (7), depois de o Hamas ter lançado um ataque múltiplo sem precedentes por terra, mar e ar, que pegou o país de surpresa com o lançamento de milhares de foguetes e incursões terrestres de milicianos em solo israelense, onde massacrou e sequestrou dezenas de israelenses.
Pelo menos 700 pessoas foram mortas no sul de Israel quando terroristas do Hamas invadiram a fronteira no sábado, disparando contra pessoas em comunidades e cidades perto de Gaza antes que as forças de segurança israelenses começassem a contra-atacar.
Estima-se que 250 pessoas foram mortas por homens armados do Hamas em um festival de música com a presença de jovens israelenses e estrangeiros perto do Kibutz Reim, perto de Gaza, de acordo com uma organização que ajudou a recuperar os corpos. Entretanto, quase 500 pessoas também morreram na Faixa de Gaza depois de o exército israelense ter lançado ataques aéreos contra o enclave palestino em resposta ao ataque do Hamas.
O principal porta-voz do exército, contra-almirante Daniel Hagari, disse aos jornalistas que Israel estava “no controle” de suas cidades fronteiriças. Houve alguns incidentes isolados na manhã de segunda-feira, disse ele, mas não houve combates em andamento. No entanto, alertou que ainda pode haver milicianos na área e que as forças de segurança estão realizando buscas.
Enquanto isso, tanques e drones israelenses monitoravam as lacunas na cerca da fronteira para evitar novas infiltrações, disse o porta-voz. 15 das 24 cidades fronteiriças foram evacuadas e o restante deveria ser evacuado nas 24 horas seguintes.
(Com informações da AFP, EFE, AP)