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O grupo terrorista xiita libanês Hezbollah alertou neste sábado que intervirá no conflito com Israel em apoio ao Hamas, se necessário.
“À medida que os acontecimentos se desenvolvem e surge algo que exige a nossa intervenção, iremos fazê-lo”, disse o vice-secretário-geral da milícia, Naeem Qassem, sobre a possibilidade de adicionar mais ataques do Líbano.
Até agora, o Hezbollah participou no conflito lançando mísseis teleguiados e morteiros em território israelense. A última delas ocorreu momentos antes da mensagem, que caiu na área do Monte Dov, mais conhecido internacionalmente como Fazendas Cheba, na fronteira entre os dois países. Embora ainda não tenha sido informado se houve vítimas, o Exército israelense explicou que ali não existem cidades ou centros populacionais.
“O que estamos a fazer agora no sul (do Líbano) é uma fase compatível com o confronto e se o assunto exigir mais do que isso, fá-lo-emos, enquanto o inimigo estiver confuso sobre o que fazer”, acrescentou o líder terrorista.
Sobre uma possível ofensiva terrestre israelense em direção a Gaza, Qassem disse que “quando os israelitas intervierem mais, as coisas poderão abrir-se mais já que não sabemos o que acontecerá no futuro”, embora tenha alertado que “será um cemitério para o inimigo”.
Nas últimas horas, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que estão intensificando os seus planos para um ataque terrestre na Faixa, com o qual esperam eliminar completamente o Hamas.
“Nos últimos dias, foram aprovados planos para expandir as atividades operacionais” para as quais unidades das FDI, “tanto em serviço regular como de reserva, são destacadas no terreno e realizam exercícios de treino”, afirmaram num comunicado. Além disso, unidades blindadas e forças de infantaria já foram mobilizadas na área, juntamente com meios mecanizados.
Ao mesmo tempo, Israel continua com os bombardeamentos tanto lá como no Líbano, em resposta a todos os ataques.
Por fim, Qassem atacou Joe Biden pelo seu apoio a Israel e acusou-o de ser responsável pela situação atual. “Os Estados Unidos devem saber que suportarão as consequências de tudo o que acontecer e a tempestade de Al-Aqsa expôs o Ocidente”, concluiu.
Entretanto, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse ao primeiro-ministro libanês, Nayib Mikati, numa resposta indirecta a esta mensagem que o seu envolvimento na guerra teria “consequências” para o seu povo e destacou “a importância de respeitar os interesses” do seu povo, que pagaria o preço “se o Líbano for arrastado para o conflito causado pelo ataque terrorista do Hamas a Israel”.
Este sábado completam-se 14 dias desde o início dos ataques do Hamas, que já custaram a vida a pelo menos 1.400 israelitas, agravaram a crise em Gaza e elevaram ao máximo a tensão na região.
Perante estes ataques unilaterais e inesperados, Israel exigiu que a comunidade internacional reconhecesse a sua batalha justa.
“Sábado, 7 de outubro, foi um alerta ao mundo para lutarmos juntos contra o terrorismo. A ameaça terrorista islâmica não só põe em perigo Israel mas também os Estados da região e o mundo inteiro. É lamentável que, mesmo face a estas terríveis atrocidades, haja quem tenha dificuldade em condenar o terrorismo ou em reconhecer o perigo. Israel fará o que tem que fazer e espera que a comunidade internacional reconheça a batalha justa”, lê-se numa nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
(Com informações da EFE)