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Em alerta feito nesta terça-feira (31), o Banco Mundial mencionou o risco de o barril do petróleo atingir US$ 150 (R$ 759,39). Isso por causa do possível escalada da guerra entre Israel e Hamas e da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Hoje, o barril do tipo Brent, principal referência para o Brasil, é negociado na casa dos US$ 88 (R$ 445,51). Já o tipo WTI, que é referência dos EUA, vale US$ 83 (R$ 420,20).
No relatório Commodity Market Outlook, do Banco Mundial, economistas da instituição global alertam para os riscos potenciais da guerra em Israel e Gaza.
O documento do Banco Mundial reconhece que, até agora, o impacto na oferta de matérias-primas tem sido limitado, mas uma eventual escalada da guerra entre países do Oriente Médio mudaria totalmente o quadro.
O Banco Mundial traçou três cenários: o pior deles é o de “grande perturbação”.
Nesse caso, os economistas projetaram impacto comparável ao embargo dos produtores árabes de petróleo aos países aliados de Israel em 1973.
“O fornecimento global de petróleo diminuiria entre 6 milhões e 8 milhões de barris por dia. Isso faria com que os preços subissem inicialmente entre 56% e 75% – para valor entre US$ 140 (R$ 708,76) e US$ 157 (R$ 794,83) por barril”, cita o documento do Banco Mundial.
“O mais recente conflito no Oriente Médio surge na sequência do maior choque nos mercados de commodities desde a década de 1970, gerado pela guerra da Rússia com a Ucrânia”, disse economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill. “Se o conflito se intensificasse, a economia global enfrentaria um duplo choque energético pela primeira vez em décadas. Não apenas devido à guerra na Ucrânia, mas também no Oriente Médio”.
“Se um grave choque nos preços do petróleo se materializar, aumentaria a inflação dos preços dos alimentos, que já foi elevada em muitos países em desenvolvimento. No fim de 2022, mais de 700 milhões de pessoas – quase um décimo da população mundial – estavam subnutridas”, alerta o economista-chefe adjunto do Banco Mundial, Ayhan Kose.
“Uma escalada do último conflito intensificaria a insegurança alimentar, não só na região, mas também em todo o mundo”, afirmou o membro da instituição.