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Bolívia entra para o Mercosul após sete anos de negociações

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou nesta quinta-feira (7) a oficialização do ingresso do seu país como membro pleno do Mercosul durante a cúpula do bloco regional no Rio de Janeiro. Expressando gratidão ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos “esforços” em concretizar essa adesão, Arce destacou o papel do Brasil nesse processo.

Lula, por sua vez, declarou na abertura da cúpula que a entrada da Bolívia é uma “conquista importante” para o Mercosul. A reunião no Rio de Janeiro contou com a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández; do Paraguai, Santiago Peña; e do Uruguai, Luis Lacalle Pou.

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O Mercosul, originalmente formado por Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina, anunciou a inclusão da Bolívia durante a cúpula, após o Senado boliviano aprovar a entrada no final de novembro. Com essa ratificação, o Mercosul passará a ter uma população de 300 milhões de habitantes, uma extensão territorial de 13,8 milhões de km² e um Produto Interno Bruto (PIB) total de US$ 3,5 trilhões.

Embora o processo de adesão da Bolívia tenha iniciado em 2015, a decisão do Brasil foi o último passo necessário. Com a formalização do ingresso, a Bolívia terá quatro anos para concluir o processo de adesão e adotar as normas do bloco.

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Atualmente, a Bolívia tem um vínculo de associação ao Mercosul, juntamente com Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname. Esses países não fazem parte plenamente do Mercosul, mas podem estabelecer acordos de livre-comércio com os membros do bloco e participar de reuniões.

O presidente Lula destacou que a integração da Bolívia aproxima a realização do sonho da integração entre Atlântico e Pacífico, com potenciais benefícios econômicos. Desde sua criação, o Mercosul fechou acordos com países de fora da região sul-americana, como Israel, Egito, Palestina, Índia e países do sul da África. O bloco é a oitava maior economia do mundo, com um PIB de US$ 2,86 trilhões, e atrai 64% dos investimentos estrangeiros destinados à América do Sul em 2022.

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A cúpula não abordou oficialmente a reinserção da Venezuela no bloco, suspensa em 2017 devido ao não cumprimento de resoluções. O Brasil, sob a liderança de Lula, é favorável à reintegração do país no grupo sul-americano.

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