Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou neste domingo (10) que o rompimento da Mina 18 da Braskem, em Maceió, não causou danos maiores ou risco a vidas.
O prefeito de Maceió, JHC (PL), anunciou o rompimento da mina na tarde deste domingo. A Braskem, por sua vez, disse que câmeras ao redor da mina registraram movimento atípico de água na lagoa Mundaú, no trecho sobre a cavidade.
Segundo o MME, equipes técnicas do ministério, do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM) se reuniram após o colapso e reavaliaram os dados apresentados pela Defesa Civil de Maceió.
“As áreas adjacentes, das demais minas, seguem sem indícios de instabilidade. O evento ocorreu após um aumento na velocidade de subsidência do solo nas últimas 48 horas. Dados da Rede Sismográfica, operada pelo SGB, apontam que dois sismos positivos de pequena magnitude ocorreram horas antes do colapso. De acordo com os especialistas, a expectativa é de que a situação na região se acomode”, diz o MME ao jornal Globo.
A pasta afirma ainda que segue monitorando a situação junto às autoridades locais e atuando com foco na redução do impacto à população.
O afundamento do solo na antiga área de extração de sal-gema da Braskem em Maceió, às margens da Lagoa de Mundaú, foi detectado no início de 2018. No ano seguinte, o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) atestou que o afundamento tinha relação com a atividade de mineração.
A Mina 18, que hoje tem situação mais problemática, é uma das 35 minas que a Braskem operava na região. O acidente geológico atinge uma área que compreende cinco bairros de Maceió.
Desde 2019, cerca de 57 mil pessoas, nos cálculos da Defesa Civil e do Ministério Público Federal (MPF), foram realocadas de suas casas, que passaram a ficar em áreas consideradas de risco.