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Senado aprova tributação de apostas esportivas, mas exclui cassinos online

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Nesta terça-feira (12), o plenário do Senado Federal aprovou o texto base do projeto de lei (PL) voltado para a tributação das apostas esportivas de cota fixa, conhecidas como bets. Essa medida, uma das prioridades da equipe econômica do governo federal, tem o objetivo de impulsionar a arrecadação e garantir o alcance da meta fiscal de déficit zero nas contas públicas.

O relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA) abordava não apenas a regulamentação e tributação das bets, mas também dos jogos de azar virtuais, incluindo cassinos online. Contudo, a oposição agiu estrategicamente e conseguiu excluir essa última parte do texto, com 37 votos a favor e 27 contrários.

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Dessa forma, o projeto passa a ser aplicável apenas às apostas em “eventos reais”, nos quais é definido, no momento da jogada, o valor que o apostador pode ganhar acertando o palpite. Embora as bets sejam legais no país, ainda não são tributadas pelo governo.

Com 37 votos a favor e 27 contrários, os senadores incluíram uma emenda de Carlos Portinho (PL-RJ) que restringe a abrangência do projeto a jogos baseados em eventos reais, excluindo os jogos de cassinos online. Além disso, uma emenda da senadora Tereza Cristina (PP-MS) foi acatada por 45 votos a favor e 23 contrários, excluindo a instalação de máquinas físicas do escopo do projeto.

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Por 36 votos a favor e 25 contrários, os senadores decidiram manter a publicidade das bets em arenas esportivas e o patrocínio das casas de jogos a atletas, rejeitando uma emenda que proibia essas práticas apresentada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).

O texto altera a lei que trata da distribuição gratuita de prêmios por propaganda e a lei relacionada à destinação da arrecadação de loterias e apostas de quota fixa. A loteria de aposta de quota fixa abrange eventos virtuais de jogos online e eventos reais de temática esportiva, como jogos de futebol e vôlei. O projeto prevê a tributação dos operadores das empresas de apostas e dos apostadores premiados.

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Do montante arrecadado, 2% será destinado à seguridade social, 6,63% para a área de esporte e 5% para o turismo. Os valores na área esportiva serão divididos entre o Ministério do Esporte (4%), atletas (1,13%) e confederações esportivas específicas. O turismo receberá 4% para o Ministério do Turismo e 1% para a Embratur.

A educação ficará com 1,82%, sendo 0,82 pontos percentuais destinados a escolas de educação infantil ou ensinos fundamental e médio que atingirem metas em avaliações nacionais, e o restante (1%) para escolas técnicas públicas de nível médio.

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A proposta também aborda a exploração de loterias pelos estados e pelo Distrito Federal, e, no caso do fantasy sport, prevê um aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para 12% deste setor.

O projeto foi aprovado com emendas, incluindo aquelas que ampliam o prazo de duração da autorização para os agentes operadores, aumentam o limite de marcas comerciais exploradas e incorporam o uso da tecnologia de reconhecimento facial para identificação dos apostadores. O texto também estabelece penalidades para as infrações, com multas de até 20% sobre o produto da arrecadação, suspensão das atividades e cassação da autorização, entre outras medidas.

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A tributação, considerada uma das principais estratégias da equipe econômica do governo, busca atender à meta fiscal de déficit zero nas contas públicas.

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