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Portugal vira à direita com vitória do Aliança Democrática e triunfo do Chega

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O cenário político português foi sacudido por uma revolução eleitoral liderada pelo partido de André Ventura, o Chega. Este fenômeno não apenas se disseminou por todo o país, mas também redefiniu o panorama político em diversas regiões, com vitória no Algarve e um resultado simbolicamente marcante no Alentejo. Após cinquenta anos desde o 25 de Abril, o antigo bastião comunista do Alentejo foi conquistado, refletindo uma mudança histórica.

A ascensão do Chega criou um novo bloco político, tornando o Parlamento tricéfalo, com três partidos principais: PS à esquerda, PSD à direita e agora um grande partido populista mais à direita. André Ventura, agora líder de um grande grupo parlamentar, assegurou uma substancial subvenção pública e a capacidade de recrutar uma poderosa máquina partidária.

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Apesar da maioria de direita no Parlamento, resta saber se um governo estável será formado. O PSD poderia formar um governo com o apoio do Chega, mas Montenegro rejeitou essa possibilidade. Pedro Nuno Santos, líder do PS, admitiu a derrota e confirmou que o partido será oposição.

Os resultados finais das eleições, que serão conhecidos em 20 de março após a contagem dos votos dos emigrantes, determinarão a composição final do Parlamento. A Aliança Democrática (AD), coalizão de centro-direita, lidera com 29,54% dos votos, seguida pelo Partido Socialista com 28,67%. O Chega, de extrema direita, emerge como o terceiro maior partido com 18,03% dos votos, garantindo um papel decisivo na formação do governo.

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Outro destaque deste pleito foi a redução significativa da abstenção, que diminuiu para 34% do eleitorado, comparado aos 42% nas eleições de 2022. Votos brancos representam 1,43% do total, enquanto os nulos constituem cerca de 1,1%.

Nas regiões industriais de Lisboa e periferias da capital e da península de Setúbal, o Chega conquistou os votos que anteriormente eram dos comunistas, marcando uma mudança notável no eleitorado.

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