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Ex-primeira dama da Argentina Revela Detalhes de Agressões de Alberto Fernández

- Presidente da República Argentina, Alberto Fernández, senhora Fabiola Andrea Yáñez, durante cerimônia de chegada ao Brasil. Palácio do Planalto, Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A ex-primeira dama da Argentina, Fabiola Yáñez, prestará depoimento à Justiça para relatar as agressões físicas e psicológicas que sofreu durante o relacionamento com o ex-presidente Alberto Fernández. A informação foi confirmada pela própria Yáñez em uma entrevista ao jornal argentino Infobae.

A audiência, que ainda não tem data marcada, será realizada por videoconferência com o fiscal federal Ramiro González. A expectativa é que o depoimento seja breve, já que a Justiça busca agilizar o processo.

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O depoimento de Yáñez será fundamental para que os investigadores possam avançar com as provas e determinar se houve, de fato, as agressões denunciadas. A ex-primeira dama deve detalhar datas, locais e contextos dos episódios de violência, o que permitirá que a polícia busque testemunhas e outras evidências.

Um dos pontos cruciais da investigação é determinar onde ocorreram as agressões. Caso os atos de violência tenham acontecido exclusivamente na quinta de Olivos, a residência oficial da Presidência, o caso poderá ser transferido para a Justiça de San Isidro.

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Após a decisão de Yañez de denunciar o ex-presidente, o juiz Ercolini impôs a Fernández a proibição de sair do país e a obrigação de não ter contato direto ou indireto com sua ex-parceira, seja pessoalmente, por telefone, mensagens, redes sociais ou e-mail. Além disso, na sexta-feira passada, a justiça fez uma busca no apartamento de Puerto Madero onde o ex-presidente vive, confiscando dispositivos tecnológicos, incluindo seu celular.

“Eu cuidei desse homem de tantas maneiras que esses vídeos que apareceram são pouca coisa comparados ao que ele fez. Ele passou dois meses me ameaçando a cada dois dias, dizendo que se eu fizesse isso ou aquilo, ele se suicidaria”, disse Yañez em uma entrevista ao Infobae.

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A ex-primeira-dama também revelou que as pessoas mais próximas a Fernández “sabiam e não fizeram nada” sobre a violência. Ela contou que buscou ajuda no Ministério da Mulher, criado durante a presidência de Fernández, e que seus pedidos não foram atendidos: “Fui buscar ajuda na pessoa responsável por isso. Sim, fui e pedi ajuda (referindo-se ao Ministério da Mulher). Eles saíram agora para se defender quando não me defenderam, enquanto me desmoralizavam.”

Ela também mencionou que o ex-presidente a responsabilizou pela perda das eleições legislativas de 2021, alegando que a revelação da festa de Olivos — a celebração de seu aniversário na quinta de Olivos durante a pandemia, quando todas as reuniões sociais estavam proibidas — foi a causa da derrota. “Ele (Alberto Fernández) se desfez da responsabilidade de ter feito a reunião, de ter estado lá, e me culpou, dizendo que eu organizei um brinde. Eu não organizei nenhum brinde. Foi mais uma manobra psicológica contra mim. Diziam que a perda das eleições legislativas foi minha culpa. Repetiam isso todos os dias. Eleições legislativas que o peronismo historicamente nunca ganhou”, contou.

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