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O Ministério da Fazenda divulgou na noite de terça-feira, 1º, a lista de empresas de apostas autorizadas a operar no Brasil a partir do dia 11 de outubro. Entre as plataformas que não constam na lista estão Esportes da Sorte, Stake, Betvip e Reals Bet, todas patrocinadoras de clubes do futebol brasileiro, o que levanta dúvidas sobre a continuidade dos acordos com times como Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Ceará, Santa Cruz, Náutico, Sport e Coritiba.
De acordo com o governo, as casas de apostas que não solicitaram autorização para operar não poderão mais funcionar no país. A Anatel será responsável por derrubar os sites das empresas que estiverem irregulares até 11 de outubro. Os apostadores terão até o dia 10 do mesmo mês para sacar o dinheiro de suas contas. Além disso, cada empresa autorizada deverá contribuir com R$ 30 milhões para poder atuar no Brasil, o que pode gerar uma arrecadação total de R$ 3 bilhões.
Na Série A do Campeonato Brasileiro, a Esportes da Sorte é a patrocinadora máster de clubes como Corinthians, Athletico-PR, Bahia e do time feminino do Palmeiras. O Grêmio também possui acordo com a plataforma, que estampa sua marca na região do peito das camisas. Em divisões inferiores do futebol brasileiro, a Esportes da Sorte tem contratos com Ceará, Santa Cruz e Náutico.
A empresa Esportes da Sorte entrou em contato com a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) para solicitar uma retificação, alegando ter cumprido todas as exigências previstas na portaria 1.475 de 2024, que estabelece os prazos para a regularização das apostas no país.
Outra empresa que ficou de fora da lista foi a Vai de Bet, antiga patrocinadora máster do Corinthians, atualmente sob investigação por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro. A Stake, patrocinadora do Juventude na Série A, e a Reals, que apoia Amazonas e Coritiba, também não foram autorizadas, assim como a Betvip Sport e a Dafabet, ambas patrocinadoras do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro.
Algumas empresas que não aparecem na lista procuraram o Ministério da Fazenda em busca de esclarecimentos e solicitaram retificações. A BPX Bets Sports Group, responsável pelas marcas Vai de Bet, ObaBet e BetPix365, foi uma delas. A Betvip declarou em seu Instagram que atendeu a todas as regulamentações necessárias para a regularização, mesmo não figurando entre as autorizadas. Já a Reals divulgou nota afirmando que cumpriu todos os requisitos e que entrou em contato com o Ministério da Fazenda para uma atualização da situação. Até o momento, a Stake não se manifestou oficialmente.