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HIV em Transplantes: Biomédica Acusa Laboratório de Usar Seu Registro Sem Permissão

© Vinicus Marinho/Fiocruz

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Um laudo assinado pela técnica Jacqueline Iris Bacellar de Assis revela que o número de registro profissional presente no documento, que atesta um resultado negativo para HIV em um dos dois doadores de órgãos, pertence à biomédica Júlia Moraes de Oliveira Lima. O registro, segundo o Conselho Regional de Biomedicina, está desativado desde junho do ano passado.

Em entrevista ao g1, Júlia comentou sobre a situação. “Meu marido me contou sobre a situação e fiquei muito impactada. Que coisa horrível está acontecendo com essas pessoas”, disse.

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A Secretaria Estadual de Saúde identificou o PCS Lab Saleme como responsável por falhas em exames que permitiram a infecção de seis pacientes na fila de transplantes. Os testes realizados não conseguiram detectar a presença do vírus HIV antes da realização dos transplantes. Os rins e o fígado foram doados pela paciente cujo sangue foi analisado por Jacqueline.

Uma busca pelo nome de Jacqueline não resultou em nenhum registro de biomédica. O Conselho Regional de Biomedicina confirmou que nem Jacqueline nem o laboratório possuem registros ativos. Além disso, destacou que um registro inativo não pode ser utilizado por outra pessoa, como ocorreu no caso.

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O exame de outro doador envolvido na contaminação foi assinado pelo médico ginecologista Walter Vieira, que atuava como responsável técnico do laboratório. Walter é casado com a tia do ex-secretário estadual de Saúde e atual deputado federal, Doutor Luizinho.

As autoridades estão investigando o caso, com a participação do Ministério da Saúde, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), da Polícia Civil, do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) e da Polícia Federal.

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Com a suspensão das atividades do PCS Lab Saleme, o governo estadual decidiu contratar uma nova empresa para prestar serviços de emergência, sem licitação, o que foi autorizado na última quinta-feira (10). O documento que oficializou a decisão enfatiza a urgência da situação e os riscos associados à interrupção do serviço, informando que um novo contrato, conforme as normas de licitação, está em andamento.

Júlia, a biomédica cujo registro foi utilizado indevidamente, foi localizada pela equipe do g1. Ela explicou que nunca trabalhou no Rio de Janeiro e que sua atuação se limitou a dois laboratórios particulares em São Paulo. Atualmente, mora em Recife, onde se dedica à produção e venda de velas artesanais. Segundo ela, seu registro está cancelado devido à falta de pagamento da anuidade.

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