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Pesquisa Inovadora Revela Células T Raras Associadas a Esclerose Múltipla, Artrite Reumatoide e Asma

Foto: Divulgação

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Pesquisadores identificaram vários tipos de células T raras, auxiliares associadas a distúrbios imunológicos, incluindo esclerose múltipla, artrite reumatoide e asma. Liderados por Yasuhiro Murakawa, do Centro RIKEN de Ciências Médicas Integrativas (IMS) e da Universidade de Kyoto, no Japão, e do IFOM ETS, na Itália, fizeram uma descoberta significativa no campo da imunologia. Publicadas em 4 de julho de 2024 na revista Science, essas descobertas foram possíveis graças a uma tecnologia inovadora chamada ReapTEC, que permitiu a identificação de potenciadores genéticos em subtipos raros de células T ligados a distúrbios imunológicos específicos.

As células T auxiliares desempenham um papel crucial no sistema imunológico, reconhecendo patógenos e regulando a resposta imune. Disfunções nessas células podem levar a doenças autoimunes, como esclerose múltipla, onde o corpo ataca seus próprios tecidos, e alergias, onde há uma reação exagerada a substâncias inofensivas como o pólen. Embora já fossem conhecidas várias células T comuns, estudos recentes revelaram a existência de tipos raros e especializados de células T potencialmente ligadas a doenças imunomediadas.

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Dentro das células T, há regiões de DNA chamadas “potenciadores”, que não codificam proteínas, mas aumentam a expressão de outros genes através de pequenos pedaços de RNA. Variações nesses potenciadores podem influenciar a função das células T. A equipe de pesquisa, utilizando a tecnologia ReapTEC, buscou conexões entre esses potenciadores bidirecionais e doenças imunológicas. Após analisar cerca de um milhão de células T humanas, os cientistas identificaram vários grupos de células T raras, representando menos de 5% do total.

A aplicação da ReapTEC revelou quase 63.000 potenciadores bidirecionais ativos. Combinando esses dados com estudos de associação genômica ampla (GWAS), que mapeiam variantes genéticas associadas a várias doenças, os pesquisadores descobriram que as variantes genéticas para doenças imunomediadas estavam frequentemente localizadas dentro do DNA dos potenciadores bidirecionais das células T raras. A pesquisa identificou 606 potenciadores contendo variantes genéticas relacionadas a 18 doenças imunomediadas.  Um exemplo notável foi a identificação de um potenciador ligado à doença inflamatória intestinal, que ativou o gene IL7R.

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“A curto prazo, desenvolvemos um novo método genômico que pode ser utilizado por pesquisadores globalmente,” disse Murakawa. “Descobrimos novos tipos de células T auxiliares e genes relacionados a distúrbios imunológicos, o que esperamos que leve a uma melhor compreensão dos mecanismos genéticos subjacentes às doenças imunomediadas humanas.” Os pesquisadores acreditam que estudos futuros poderão identificar novas moléculas para tratar doenças imunomediadas, avançando significativamente na criação de terapias inovadoras.

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