Economia

Levy diz que reforma pode favorecer investimentos em infraestrutura

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse hoje (25), no seminário Novo Ciclo de Investimentos em Infraestrutura e o Setor de Construção Civil, que a liberação de recursos públicos para a área de infraestrutura do país pode ser favorecida com a reforma da Previdência. Segundo Levy, o planejamento esbarra na capacidade do Estado e a vontade política da sociedade de escolher entre pagamentos continuados em aposentadorias ou ter uma parcela maior do Produto Interno Público (PIB, soma de todos os bens e serviços do país) destinado ao investimento.

Levy questionou o motivo de se fazer a reforma da Previdência no país e deu logo a resposta. “A gente está fazendo a reforma da Previdência porque o dinheiro está todo bloqueado, quase, assim, enforcado pelas despesas correntes de transferência e obrigatórias, e não sobra nada para fazer o investimento”, disse.

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Recursos

A falta de recursos foi apontada pela secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério de Infraestrutura, Natália Marcassa, como principal fator de investimentos em infraestrutura. “Não existe planejamento se a gente não consegue capital fixo”, disse, referindo-se à pouca margem de manobra que o governo tem no Orçamento, diante das despesas obrigatórias.

“Não existe discussão de planejamento antes da Previdência nesse país”, completou.

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PPI

O secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), vinculada à Presidência da República, Adalberto Vasconcelos, disse que o órgão conta com 70 técnicos e nos 30 meses de funcionamento registra resultados concretos. Foram qualificados 193 projetos em diversos setores, entre eles, de energia, petróleo e gás, aeroportos e pré-sal. “O programa por si só é um êxito porque segue uma linha de governança”, observou.

De acordo com Vasconcelos, o governo atual entendeu a importância do PPI, cuja estrutura foi reforçada com uma Secretaria de Licenciamento Ambiental. Para ele, o importante é que a partir do PPI os projetos começaram a ser discutidos de forma integral com todos os órgãos envolvidos, o que ajuda formatação mais segura e evita que sejam paralisados ao longo do tempo.

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“Se a gente perder esse ganho que o PPI trouxe, se a gente não tiver um planejamento consistente, a gente não vai chegar a lugar nenhum”, disse.

*Com Agência Brasil

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