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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (14), na Comissão Mista Orçamentária (CMO), que o salário mínimo só terá aumento real, acima da inflação, se as reformas fiscais forem aprovadas.
Quando um valor é corrigido apenas pela inflação, quer dizer que ele apenas manteve o mesmo nível de antes, considerando a alta do custo de vida no país. O ministro destacou o impacto que o aumento do salário nas contas públicas. De acordo com ele, para cada R$ 1 de reajuste, pode ter impacto de R$ 300 milhões aos cofres públicos.
“Temos até 31 de dezembro para criar uma trajetória [para o reajuste do salário mínimo]. Se for criado algum espaço fiscal, isso pode ser usado lá na frente. Se não for feita [nenhuma reforma], o período de austeridade será mais longo”, disse.
Hoje, o salário mínimo está em R$ 998. A fórmula de cálculo para o reajuste foi fixada por lei em 2007. Essa revisão, leva em conta o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores mais a inflação do ano anterior.
Para 2020, o presidente Jair Bolsonaro estabeleceu que o reajuste do salário mínimo para R$ 1.040, o que significa que não haverá aumento real.