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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,35% em maio, segundo divulgou nesta sexta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, o indicador havia avançado 0,72%.
O resultado é menor do que o esperado pelo mercado financeiro, que projetava alta mediana de 0,41%. As expectativas variavam entre um crescimento de 0,31% e 0,51%.
A variação de 0,35%, no entanto, é a maior para um mês de maio desde 2016, quando o índice foi de 0,86%.
Principais resultados dos grupos
No acumulado deste ano, o IPCA-15 registrou aumento de 2,27%. Nos 12 meses encerrados em maio, o indicador ficou em 4,93%, abaixo da mediana esperada. As projeções iam de avanço de 4,89% a 5,10%, com mediana de 5,00%.
Os grupos Artigos de residência (-0,36%) e Comunicação (-0,04%) apresentaram deflação de abril para maio. Já Alimentação e bebidas (0,00%) e Educação (0,00%), mostraram-se, na média, com estabilidade no nível de preços.
De acordo com o IBGE, os demais grupos oscilaram entre o 0,16% de Despesas pessoais e o 1,01% de Saúde e cuidados pessoais, cujo impacto de 0,12 ponto percentual (p.p.) foi o mesmo do grupo dos Transportes (0,65%).
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,01%) mostrou uma leve desaceleração em relação à taxa apurada em abril (1,13%) tendo sido influenciada, principalmente, pelos remédios (2,03%), cuja alta reflete parte do reajuste anual, em vigor desde 31 de março, cujo teto é de 4,33%.
Destacam-se também o plano de saúde (0,80%) e os artigos de higiene pessoal que, após ficarem 2,61% mais caros em abril, apontaram, neste mês de maio, 0,62% de variação.
O grupo dos Transportes, que havia apresentado alta de 1,31% em abril, desacelerou para 0,65% em maio. Essa desaceleração veio por conta da queda nas passagens aéreas que ficaram, em média, 21,78% mais baratas, após a alta de 5,54% de abril, representando o maior impacto negativo no índice do mês (-0,09 p.p.).
As altas do grupo vieram da pressão exercida pelos combustíveis (3,30%), particularmente da gasolina (3,29%), que apresentou o maior impacto individual no índice com 0,14 p.p, ficando as variações entre 1,09% na região metropolitana de Salvador e 9,85% em Goiânia. O etanol (4,00%) também exerceu pressão no índice do mês com 0,04 p.p., destacando-se a alta de 16,45% em Goiânia.
*Com informações do Agência Estado