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(Reuters) – O governo do presidente Jair Bolsonaro tem avaliado um leque com cinco alternativas para levar adiante planos de capitalização da elétrica estatal Eletrobras, em movimento que deve envolver a perda de controle da companhia pela União, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.
As conversas para definição do modelo que será adotado na desestatização estão avançadas e já não preveem a venda em separado de subsidiárias da elétrica, como chegou a ser cogitado antes por representantes do Ministério da Economia, disse uma terceira fonte.
“Vai ser um modelo de capitalização mesmo, isso já está decidido. Tinha aquela história de separar, mas isso não vai acontecer”, disse a fonte, que é familiarizada com a visão da pasta de Economia sobre o tema.
O Ministério de Minas e Energia tem afirmado publicamente que uma proposta para a capitalização da Eletrobras será formalmente apresentada ainda em junho, mas a pasta ainda tem avaliado possíveis desenhos para a operação em conjunto com o ministério comandado por Paulo Guedes.
“Eles estão estudando cinco modelos”, disse uma das fontes, que falou sob a condição de anonimato.
Uma segunda fonte confirmou o número de opções em avaliação e disse que uma decisão está próxima.
“Não há essa conclusão ainda, porque o trabalho não foi concluído. E não houve reuniões entre Minas e Energia e Economia para bater o martelo”, afirmou.
Os planos de privatização da Eletrobras foram apresentados ainda no governo anterior, de Michel Temer, quando a ideia era emitir novas ações para obter novos recursos para a companhia, o que também diluiria a fatia do governo na empresa a uma posição minoritária.
Em contrapartida, recursos da emissão seriam utilizados para pagar cerca de 12 bilhões de reais ao Tesouro como bônus de outorga em troca de uma renovação por 30 anos e em condições mais favoráveis dos contratos de uma série de hidrelétricas antigas da Eletrobras, que hoje vendem a produção a preços regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Após a eleição de Bolsonaro, representantes do governo afirmaram que ocorreriam mudanças no modelo antes planejado para a desestatização. Mas as autoridades não abriram detalhes até o momento.