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O uso de novas tecnologias será incluído no cálculo da inflação para medir o Índice de Preços ao Consumidor, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou nesta sexta-feira (11).
A partir de janeiro, saem da conta itens cujo peso ficou menor no orçamento das famílias, como aparelhos de DVD, máquinas fotográficas, microondas e liquidificadores; e entram serviços e produtos que ganharam importância na última década, como transporte por aplicativos, serviços de streaming, tratamento de animais domésticos e macarrão instantâneo.
As mudanças são resultado dos dados coletados na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgada na semana passada, e que mostrou mudanças nos hábitos de consumo, despesas e renda das famílias. A nova estrutura do IPCA vai considerar 377 produtos e serviços, com seis subitens a menos que a divulgada atualmente.
“Ficamos muito tempo sem ter uma POF e temos uma mudança cada vez mais rápida no padrão tecnológico. Tivemos a saída de alguns itens que realmente não encontramos mais. Ao mesmo tempo, tivemos a entrada de produtos que estão no cotidiano de milhões de brasileiros”, explicou em nota o gerente de Índice de Preços do IBGE, Pedro Kislanov.
Pela primeira vez, o grupo transportes será o de maior peso na inflação, representando 20,8% do indicador. O grupo superou alimentação e bebidas, cuja participação caiu de 22% para cerca de 19%.
A composição do grupo transporte também mudou. O peso dos gastos com transportes públicos caiu de 4,5% para 3,16%, enquanto o de gastos com veículos próprios ficou em 11,66%. O cálculo também passa a incluir bilhetes de integração de transporte público (0,07% do indicador) e transporte por aplicativo (0,21%).