Economia

Banco Central intervém no mercado após dólar encostar em R$ 4,27

Com a cotação do dólar batendo recordes, o Banco Central anunciou leilão extra para vender a moeda americana à vista nesta terça-feira, 26. O mercado reagiu à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, na segunda-feira, disse não estar preocupado com o dólar acima de R$ 4,20 e que “é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.

A operação do BC ocorreu das 11h03 às 11h08 e não foram divulgados os montantes ofertados. Conforme o BC, a taxa de corte do leilão foi de R$ 4,2320. Mais cedo, o BC promoveu operação de venda à vista de dólares e de swap cambial reverso, que equivale à venda de dólar no mercado futuro.

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Logo após a ação do Banco Central, o dólar desacelerou para o patamar de R$ 4,24. Antes, tinha chegado à máxima de R$ 4,2694 no mercado à vista e R$ 4,270 no contrato futuro de dezembro. Às 12h22, a moeda era cotada a R$ 4,2610, com alta de 1,12%. O dólar turismo era vendido a R$ 4,4582 em São Paulo. Na segunda-feira o dólar fechou em nova máxima histórica, a R$ 4,2145, o maior valor desde o início do Plano Real.

Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Washington, Guedes disse que o Brasil tem uma moeda forte e que flutuações no câmbio não são motivo de preocupação. “Quando você tem um fiscal mais forte e um juro mais baixo, o câmbio de equilíbrio também ele é mais alto.”

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O sinal do ministro reforça a percepção do mercado de que o Banco Central pode fazer o último corte de juros em dezembro. Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que se o patamar da moeda americana pressionar os preços, o BC poderá atuar via política monetária (ou seja, na taxa de juros), e não via câmbio.

“Os comentários do Guedes mostram que não tem uma preocupação com a taxa de câmbio no atual patamar”, disse à Reuters Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets. “O mercado acaba achando que isso é uma indicação de que o BC não vai atuar.”

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Na manhã desta terça, o presidente Jair Bolsonaro disse que “há prós e contras” com fato de o dólar ter alcançado novo valor nominal recorde. “Se você for analisar na ponta da linha, tem vantagens, prós e contra no dólar a R$ 4,21 como está agora (sic)”, afirmou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada. “Espero que caia (a cotação da moeda), torço, assim como torço para que caia a taxa Selic, torço para que aumente a nossa credibilidade junto ao mundo”, acrescentou.

Bolsa em queda

Logo na abertura do pregão, o Ibovespa perdeu a marca dos 108 mil pontos. Às 11h35, o Ibovespa caía 1,34%, chegando aos 106.970 pontos, na mínima.

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As ações da Petrobrás perdiam mais de 1%, mesmo com o petróleo em leve alta. Os papéis dos bancos como Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Bradesco, também caíam mais de 1%. As ações da Vale ON tinham recuo de 0,22% há pouco, em dia de queda de 1,78% do minério de ferro na China.

A disparada do dólar pesa também nas ações de companhias aéreas e os papéis da Gol e da Azul perdiam perto de 5%. Essas empresas possuem 70% de seus custos atrelados à moeda americana, como suas dívidas, por exemplo, por isso são muito afetadas pela valorização da divisa. / Colaboraram Silvana Rocha,  Luciana Xavier e Niviane Magalhães./ Agência Estado

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