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Esta segunda-feira (9) é marcada por quedas em Bolsas ao redor do mundo por medo sobre o novo coronavírus e como consequência da disputa de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia – o barril do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991). Circuit breaker foi acionado de manhã, mas à tarde o Ibovespa chegou a cair 12%, com piora no mercado internacional; dólar mantém alta e se aproxima de R$ 4,80.
Com o preço do barril em queda livre por causa da propagação do novo coronavírus, a Arábia Saudita tentou cortar a produção de petróleo para forçar os valores para cima.
O forte retrocesso é atribuído à decisão da Arábia Saudita de aumentar substancialmente sua produção e começar a oferecer em certos mercados descontos de até 20% em relação ao petróleo bruto.
De acordo com informações da agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), a crise do coronavírus levará alguns países à recessão e o órgão está disposto a ajudar. “O crescimento global desacelerará para menos de 2,5% em 2020 e os impactos do coronavírus devem causar queda de US$ 2 trilhões na receita global.” Segundo a Unctad, as economias mais afetadas por coronavírus serão as exportadoras de commodities e os bancos centrais não estão em posição de resolver a crise do coronavírus sozinhos.
Na hora em que a Bolsa entrou no circuit breaker, Petrobrás ON cedia 24,61% e Petrobrás PN, 23,96%. A mineradora Vale recuava 10,78%. A suspensão dos negócios, no entanto, não redeziu as perdas de imediato. Às 11h14, o Ibovespa caía 10,23%, aos 87.968,68 pontos.
A Petrobrás continua acumulando prejuízos e às 16h27, as ações ON da petroleira perdiam 29,59% e as PN, 30,14%. A estatal já perdeu R$ 91,2 bilhões em valor de mercado.