Às 15h12, o Ibovespa (principal índice da bolsa brasileira) avançava 0,87% e marcava 74.070 pontos. A alta foi acompanhando os índices futuros dos EUA e com os investidores à procura de ações consideradas baratas.
“Em condições normais, a extensão da quarentena teria pressionado o mercado para baixo”, afirmou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos. O movimento de alta, segundo ele, está associado à correção das últimas perdas. “Estavam precificando uma recessão de guerra.” Na mínima, o Ibovespa chegou a registrar 45% de queda em relação à pontuação máxima deste ano.
Segundo Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, a extensão de medidas para conter o avanço do coronavírus pode ter sido considerada mais positiva. “É um misto até chegar ao ponto de equilíbrio”, disse.
Na bolsa, as ações da Eletrobras dispararam 13% após a empresa ter registrado lucro líquido de 10,74 bilhões de reais. A Klabin também subiu forte depois de a empresa ter anunciado a compra de fábrica de embalagens da International Paper. Também beneficiada pela alta do dólar, a Klabin subiu 10% na bolsa; e a Suzano, 5,2%.
As ações das companhias aéreas Gol e Azul, que desvalorizaram fortemente desde o surgimento do coronavírus, tiveram mais uma sessão de alta, avançando mais de 3%.
Entre os ativos com maior peso no Ibovespa, o destaque fica com os papéis da Vale, com alta de 3,2%. Na outra ponta, as ações da Petrobras caíram cerca de 1%, tendo como pano de fundo a desvalorização do barril de petróleo no mercado internacional – pressionado pela menor demanda.