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O otimismo com a retomada econômica em outros países afeta positivamente a Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que abriu em alta nesta segunda-feira, 6, e chegou aos 99 mil pontos.
O dólar já começou o dia em queda, acompanhando o movimento internacional de desvalorização da moeda. Logo após o início das negociações, a cotação chegou à mínima R$ 5,2636, uma queda de 0,93%. Na última sexta, o valor de fechamento foi de R$ 5,3191.
Às 12h07, o Ibovespa chegava a 99.157,36 pontos, com alta de 2,47%. O dólar era negociado a R$ 5,3026, com queda de 0,31%.
No geral, o dia é de bom humor global com notícias de retomada econômica em vários países e com a volta às compras do megainvestidor americano Warren Buffett – depois de desfazer-se de ações de companhias aéreas em abril, Buffett aposta numa tese de crescimento no setor de energia. Além disso, na Ásia, o mercado de ações fechou em alta e a Bolsa de Xangai atingiu seu melhor nível desde 2018.
Cenário local
Também pode animar os investidores locaia a sinalização para grandes privatizações no Brasil em até 90 dias, feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, sem detalhar quais empresas estão na lista.
Em entrevista à CNN, ao ser perguntado se os Correios estavam incluídos, Guedes respondeu: “Seguramente, não vou falar quando (será a privatização), mas seguramente”. O ministro afirmou que a tributação de dividendos deve entrar na reforma tributária, que deve ser aprovada ainda em 2020 e há o debate sobre criação de tributos sobre transações digitais, que não é a CPMF, afirmou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse à GloboNews que a reforma tributária é prioridade na agenda legislativa do segundo semestre, mas que é “radicalmente contra” a proposta de recriação de imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).
Mercados internacionais
No exterior, os últimos indicadores chineses mostraram retomada da atividade econômica e aumento dos lucros no setor industrial, assim como os dados de emprego (payroll) em junho nos Estados Unidos vieram melhores que o esperado, gerando esperanças de que as bolsas, sobretudo em Pequim, atravessem um período de tendência de alta. Nesse contexto, ficam em segundo plano o novo recorde de casos de coronavírus em 24 horas no mundo, de mais de 212 mil, e a força que a covid-19 ganhou nos EUA nas últimas semanas em meio ao processo de reabertura econômica.
Na última sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,53%, cotado em R$ 5,3191, resultando em uma queda de 2,59% na semana, ainda que o avanço no ano se mantenha acima de 30%. O dólar futuro para agosto caiu 0,85%, para R$ 5,3215. / SILVANA ROCHA E LUÍSA LAVAL