Economia

Arrecadação Federal soma R$191,825 bilhões e tem melhor setembro em seis anos

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A arrecadação do governo federal teve alta real de 1,97% em setembro sobre igual mês do ano passado, a 119,825 bilhões de reais, maior valor para o mês desde 2014, impulsionado pelo recolhimento de Imposto de Renda das empresas. O resultado, divulgado nesta quarta-feira pela Receita Federal, veio acima da expectativa de arrecadação de 118,5 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters com analistas.

Segundo a Receita, as arrecadações extraordinárias de Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) somaram cerca de 2,5 bilhões de reais no mês.

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Com isso, esses dois tributos tiveram um salto real de 25,19% em setembro sobre um ano antes, a 18,73 bilhões de reais.

No campo positivo, outros destaques foram a arrecadação com IR Pessoa Física (+25,77%) e Imposto de Renda Retido na Fonte-Rendimentos de Residentes no Exterior (+23,03%).

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No primeiro caso, a Receita justificou que, após diferimento concedido, a quarta cota relativa à imposto a pagar da Declaração de Ajuste Anual da Pessoa Física ocorreu em setembro, ao invés de julho de 2020, se referindo a fatos geradores ocorridos ao longo do ano anterior.

Já quanto ao aumento na linha de IRRF-Rendimentos de Residentes no Exterior, a Receita destacou que houve acréscimo nominal de 97% na arrecadação do item “Royalties e Assistência Técnica”.

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Por outro lado, houve queda de 75,80% na arrecadação com IOF sobre setembro do ano passado, na esteira da redução temporária a zero das alíquotas do imposto aplicáveis nas operações de crédito, medida tomada para enfrentamento à crise do coronavírus.

A receita previdenciária também sofreu retração de 2,35%, com perda de 825 milhões de reais, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

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No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a arrecadação sofreu uma contração de 11,70%, a 1,026 trilhão de reais. Considerando o impacto da inflação na série histórica, esse foi o dado mais fraco para o período desde 2010.

A arrecadação somente da receita administrada, que exclui, por exemplo, os ganhos com royalties de petróleo, caiu 11,51% na mesma base. Em análise, a Receita afirmou que esse recuo seria de 0,52% se desconsiderados fatores extraordinários, como a ocorrência de compensações tributárias, arrecadações atípicas de IRPJ/CSLL, diferimento de tributos e diminuição do IOF crédito.

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“O resultado do período acumulado foi bastante influenciado pelos diversos diferimentos decorrentes da pandemia de coronavírus. Os diferimentos somaram, aproximadamente, 64,5 bilhões de reais no período acumulado”, disse o órgão.

*Reuters

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