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O Brasil recebeu US$ 4,5 bilhões em investimentos estrangeiros no setor produtivo em setembro, já descontadas as saídas de recursos. Os números do chamado Investimento Direto no País (IDP) foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Banco Central.
O saldo, ligeiramente mais alto que o do mês anterior, é 31% maior que o de setembro de 2020 (US$ 3,4 bilhões). Se trata da 3ª alta consecutiva na comparação anual.
Segundo o BC, o saldo de setembro é resultado da entrada líquida de US$ 6 bilhões em participação no capital e da saída líquida de US$ 1,5 bilhão em empréstimos intercompanhia.
Com esses resultados, o ingresso de IDP acumulado em 12 meses chegou a US$ 50,4 bilhões, o equivalente a 3,16% do PIB. Esse valor supera os resultados acumulados até o mês anterior (US$ 49,4 bilhões, ou 3,12% do PIB), mas está abaixo dos apurados até setembro de 2020 (US$ 54,8 bilhões, ou 3,55% do PIB). No melhor momento deste ano, em abril, o acumulado de 12 meses foi de US$ 52,7 bilhões, ou 3,52% do PIB.
Na soma dos nove primeiros meses de 2021, US$ 40,7 bilhões em investimentos produtivos ingressaram no Brasil, já descontadas as saídas. O valor é 16% maior que o do mesmo período de 2020 (US$ 35 bilhões), quando as transações foram prejudicadas pela pandemia de coronavírus. Nos 12 meses do ano passado, o IDP caiu à metade do nível de 2019 e atingiu os piores patamares em 11 anos.
O IDP contabiliza o dinheiro estrangeiro direcionado à “economia real”, como aporte de recursos em companhias instaladas no Brasil, concessão de empréstimos e compra de participação acionária. Não inclui, portanto, os chamados investimentos em carteira – aplicações em bolsa de valores, fundos de ações, renda fixa e títulos públicos.